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Campo e Negócios

Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, completa 49 anos

Unidade foca na contribuição para uma produção agropecuária mais eficiente e baseada no uso sustentável dos recursos naturais

Em 15/06/2024 às 07:25h

por Redação JM

Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, completa 49 anos | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Gabriel Aquere

Completando 49 anos de atuação nesse dia 13 de junho, a Embrapa Pecuária Sul, sediada em Bagé, está focada na contribuição para uma produção agropecuária mais eficiente e baseada no uso sustentável dos recursos naturais. Com eventos climáticos extremos mais frequentes, como o que ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul, a pesquisa agropecuária precisa, cada vez mais, buscar sistemas de produção mais resilientes e adaptados a essa nova realidade. 

O chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, salienta que o centro de pesquisa já vem trabalhando a mais de três anos em um novo modelo de atuação, pautado pela produção de alimentos saudáveis a partir de sistemas sustentáveis. Dessa forma, as ações de pesquisa e desenvolvimento, de inovação e de transferência de tecnologia estão focadas em sistemas pecuários de produção, integrados ou não com a agricultura, baseadas na capacidade de garantir, ao mesmo tempo, sustentabilidade no uso dos recursos naturais, rentabilidade às cadeias produtivas e saudabilidade de produtos. 

Para Fernando Cardoso, na atual realidade, em que cada vez mais eventos extremos são presenciados, como a falta ou o excesso de chuvas na região Sul trazem prejuízos para a produção agropecuária. “Essa realidade requer que os sistemas de produção estejam mais preparados para enfrentar esses eventos, levando em consideração os riscos climáticos no planejamento e na execução das atividades”, comenta. Segundo ele, já existem diferentes tecnologias que podem ser empregadas nas propriedades visando essa adaptação, como a reserva de alimentos para os animais para enfrentar esses momentos de escassez de alimentos nesses momentos. “Também é necessária uma maior preocupação no manejo do solo, possibilitando que tenha mais capacidade de absorção e armazenamento de água, promovendo maior infiltração da água nos momentos de excesso de chuvas e disponibilização do recurso nos períodos de estiagem", pontua.

Em relação à pesquisa agropecuária, Cardoso destaca que cada vez mais serão desenvolvidas cultivares de plantas, seja para agricultura ou para pecuária, que sejam adaptadas aos estresses hídricos. Além disso, o pesquisador destaca o crescente uso de bioinsumos que ajudam no desenvolvimento das plantas e na adaptação às mudanças climáticas. “Quando se fala em produção animal, a pesquisa está muito focada na eficiência dos sistemas de produção, como na eficiência alimentar que garante a produção animal com uma melhor utilização dos recursos disponíveis. O objetivo também é termos sistemas de produção que garantam menos emissão de gases de efeito estufa, utilizando diferentes tecnologias para esse fim”, diz.

A Embrapa Pecuária Sul está engajada também na iniciativa “Recupera Rural RS”, uma ação conjunta em desenvolvimento pela Embrapa, pela Emater e outras instituições. O objetivo é recuperar a agropecuária gaúcha após as enchentes do final de abril e início de maio. A iniciativa prevê ações de curto, médio e longo prazos até 2026, tendo como bases do projeto a restauração ambiental, transferência de tecnologias fundamentada em boas práticas agrícolas para uma agropecuária conservacionista, disponibilização da genética e insumos e a redução dos riscos climáticos. A Embrapa Pecuária Sul vai trabalhar, por exemplo, para a disponibilização de sementes de cultivares de forrageiras para os produtores, com o mapeamento de fornecedores e volumes de sementes para aquisição por órgãos oficiais. Também vai participar de uma caravana solidária pelos principais municípios atingidos para apoiar as redes locais e de mobilização do capital social para a identificação de problemas, demandas e apresentação de soluções tecnológicas para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas, entre outras ações.

Atualmente, a Embrapa Pecuária Sul já conta na sua programação de pesquisa com diferentes projetos que buscam a sustentabilidade da atividade e a adaptação a essa nova realidade. Entre eles está a criação de um centro de referência dedicado à avaliação de tecnologias capazes de mitigar os gases de efeito estufa na pecuária gaúcha. Pesquisas de melhoramento genético animal também estão gerando tecnologias que buscam melhorar a eficiência na produção, como o uso da avaliação genômica para a seleção de animais, seja para a resistência a doenças ou na eficiência alimentar, que garantem maior acurácia e rapidez no processo. 

Histórico

Criada em 13 de junho de 1975, a Embrapa Pecuária Sul foi fundamental para a consolidação da pecuária dos Campos Sul-brasileiros, contribuindo de forma significativa para o aumento da produtividade e da competitividade da atividade. Nesta trajetória, o centro de pesquisa teve um papel importante na diversificação da atividade pecuária na região, acompanhando de perto as necessidades do setor produtivo, sempre buscando atender as demandas dos diferentes setores envolvidos com a pecuária.

Entre as inúmeras contribuições da Embrapa para a pecuária estão o desenvolvimento da raça sintética Brangus/Ibagé, técnicas de controle de endoparasitos em ovinos que reduziram consideravelmente a morte de animais, introdução de espécies de forrageiras de inverno e de verão nos sistemas de produção, técnicas de manejo do rebanho, o desmame precoce de terneiros, o acasalamento de inverno em bovinos, melhoramento de campo nativo, controle integrado de endo e ectoparasitos em bovinos, o desenvolvimento do novilho precoce, entre outras. São tecnologias, práticas e recomendações que tiveram grande impacto no sistema de produção, dando maior competitividade e qualidade à nossa pecuária.

Atualmente, o centro de pesquisa continua procurando soluções para uma pecuária competitiva e sustentável. Nesse sentido, adotou como filosofia de trabalho a busca por uma produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis, que norteia as ações de pesquisa e de transferência de tecnologias. Como exemplos, pode-se se citar os estudos e desenvolvimento de tecnologias para o controle do capim-annoni, a disponibilização de cultivares de forrageiras adaptadas à região, o desenvolvimento de produtos cárneos de ovinos, a integração lavoura-pecuária-floresta, o desenvolvimento territorial e apoio à pecuária familiar, a utilização de ferramentas de genômica para o melhoramento animal, e tecnologias para a mitigação da emissão de metano na pecuária, entre muitas outras. As pesquisas que estão em desenvolvimento buscam tecnologias para uma pecuária inserida em sistemas de produção que preconizem o uso racional dos recursos naturais e com eficiência técnica, produtiva e econômica.

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