MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Região

Plataforma analisa risco de inundações, enxurradas e alagamentos na Campanha

Dom Pedrito se destaca com índices mais preocupantes, devido à presença do Rio Santa Maria, que frequentemente causa cheias e alaga áreas ribeirinhas

Em 23/05/2024 às 19:36h
Melissa Louçan

por Melissa Louçan

Plataforma analisa risco de inundações, enxurradas e alagamentos na Campanha | Região | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Divulgação/Defesa Civil Dom Pedrito

Dados da plataforma Adapta Brasil, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, apontam que Bagé apresenta índices de risco médio para inundações, enxurradas e alagamentos. Mesmo com índices apontando risco significativo, é importante ressaltar que a cidade não foi afetada pelo recente desastre ambiental que resultou em enchentes em diversas localidades gaúchas e causou mais de 150 mortes.

A análise de Bagé na plataforma Adapta Brasil revela um Índice de Risco de 0,57, categorizado como médio. Este modelo avalia o impacto potencial das mudanças climáticas sobre os sistemas socioecológicos, considerando características geomorfológicas, geológicas, uso do solo e índices climáticos de chuvas intensas.

O Índice de Ameaça para Bagé é de 0,64, classificado como alto - é modelado pela interação de eventos climáticos e fatores como topografia, geologia, uso do solo e características meteorológicas específicas; tais fatores aumentam a probabilidade de ocorrências de inundações, enxurradas e alagamentos.

A vulnerabilidade da população de Bagé a esses desastres é considerada baixa, com um índice de 0,28, no qual mede a capacidade da população de enfrentar os impactos de desastres geo-hidrológicos, incluindo aspectos socioeconômicos e demográficos.

Por outro lado, Bagé apresenta um Índice de Capacidade Adaptativa de 0,71, classificado como alto. Isso reflete a capacidade do sistema socioecológico de se ajustar a possíveis desastres, considerando a governança, gestão municipal, renda e políticas setoriais.

O Índice de Exposição da cidade é de 0,48, categorizado como médio - este avalia o grau de contato da população e das moradias com áreas de risco, considerando a distribuição geográfica e a proximidade de áreas de impacto potencial.

Cenário regional e estadual

Já municípios da região apresentaram índices variáveis, desde Aceguá e Candiota, que tiveram índice de risco considerado muito baixo, com 0,12 e 0,08, respectivamente, até Dom Pedrito, que tem risco considerado alto, com índice 0,76. Hulha Negra, assim como Bagé, apresentou risco médio, com índice 0,44.

Dom Pedrito se destaca com índices mais preocupantes que Bagé e outros municípios da região. A cidade possui um Índice de Risco alto, de 0,76, e um Índice de Ameaça também alto, de 0,64. Embora a Vulnerabilidade seja baixa, com 0,35, a Exposição é muito alta, alcançando 0,89, devido à presença do Rio Santa Maria, que frequentemente causa cheias e alaga as regiões ribeirinhas.

Clodoaldo Santos, coordenador da Defesa Civil de Dom Pedrito, relata que na atual administração, de pouco mais de sete anos, já ocorreram 13 enchentes. "Sempre quando chove no interior, toda essa água desce para a cidade, no Rio Santa Maria, e dependendo dos volumes, tem risco alto", destaca. Ele aponta que o ponto máximo que o rio chegou a subir foi 6,80 metros, sendo que com 5,25 metros acima do normal, já começa a retirada das primeiras famílias ribeirinhas.

Quanto à solução para diminuir os riscos, ele sugere: "O melhor seria desobstrução do Rio Santa Maria, em grande parte dele, principalmente embaixo de pontes que cortam a BR, porque daria mais vazão e não represaria tanto. Embora, depois da construção de alguns pontilhões na estrada que vai para o interior, tenha diminuído bastante as famílias atingidas". Santos relata que a pior situação que viu não foi uma enchente, mas uma enxurrada após uma chuva de 150 mm em 45 minutos que colocou o bairro São Gregório debaixo d'água. Nas últimas semanas, mesmo com a grande quantidade de chuvas, não houve situações de risco. Ele explica que foram somente problemas pontuais em estradas e alguns alagamentos dentro da cidade. "O município já decretou situação de emergência devido às estradas, perdas nas lavouras de soja e ruas na cidade sem calçamento que estão destruídas", finaliza.

No contexto estadual, a recente tragédia que afetou dezenas de municípios gaúchos e deixou um saldo devastador contrasta com a situação de Bagé. A plataforma Adapta Brasil revela que dos 497 municípios do estado, 165 (33%) apresentam um índice de risco climático que varia de médio a muito alto. Os indicadores de vulnerabilidade variam de médio a muito alto em 386 municípios (77% do total). Os indicadores de exposição e ameaça climática colocam, respectivamente, 85 (17%) e 117 (23%) dos municípios gaúchos em risco elevado.

{AD-READ-3}

A plataforma Adapta Brasil não faz previsões nem emite alertas, mas oferece diagnósticos do risco atual e projeções baseadas em cenários climáticos. Os dados utilizados são normalizados e combinados em diferentes níveis de informação para gerar um valor de risco climático municipal. A metodologia é recomendada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) e envolve a ‘flor de risco’, que inclui dimensões de ameaças climáticas, exposição e vulnerabilidade.

A vulnerabilidade considera aspectos de capacidade adaptativa, que envolvem capacidades municipais, governança e gestão, renda e políticas setoriais, e sensibilidade, que contempla condições socioeconômicas e demografia. Os dados de vulnerabilidade e exposição provêm de bases de dados oficiais, enquanto as variáveis climáticas e riscos associados de longo prazo são calculados a partir de modelos climáticos.

Galeria de Imagens
Leia também em Região
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br