Cidade
Bajeenses integram edição do reality “O Sobrevivente”
Programa, que selecionou 70 competidores, destaca habilidade técnica de laço ao longo de dez dias de confinamento
por Alana Portella Gonçalves
O reality show O Sobrevivente, realizado na Fazenda TE, em Parobé, no Rio Grande do Sul, trouxe provas e desafios para os 70 competidores selecionados. Entre eles, três representantes de Bagé participaram e demonstraram habilidade técnica ao longo dos dez dias de confinamento. O evento, que ofereceu como prêmio principal uma Toyota Hilux e outros prêmios, colocou à prova as habilidades e a concentração dos laçadores.
Silvio Fernandes, 28 anos, foi um dos representantes de Bagé no reality. Desde o início, o laçador mostrou preparo e alcançou o quarto do líder no segundo dia do evento, após pontuar acertando todas as dez armadas do dia. “Cada dia era um desafio novo, e fizemos muitas amizades também que irão além do programa. O maior prêmio eu levo no coração”, declarou Silvio. Embora tenha sido eliminado no início do décimo dia, antes da grande final, o bajeense demonstrou resiliência e conquistou a admiração dos colegas, relatando uma experiência como "magnífica".
Promotor do evento Encontro de Laçadores em Bagé, Rogério Nogueira também representou a cidade. Rogério superou as provas iniciais de gado aspado, modalidade em que tem maior afinidade, mas encontrou dificuldades no terceiro dia, durante a prova de laço do pescoço. “Minha experiência é mais voltada para o laço nas aspas, então essa prova foi desafiadora", afirmou Rogério após sua eliminação.
Enquanto os laçadores participavam das provas, João Bernardo Ramir, também de Bagé, desempenhava a função de acompanhante e ofereceu suporte essencial aos competidores. Sobre sua experiência, João diz: “O que eu posso falar sobre o programa é que foi uma experiência enorme para mim. Quando eu recebi a ligação dos meus amigos (Silvio Fernandes e Rogério Nogueira), de imediato me prontifiquei para acompanhá-los. Foi uma experiência enorme, experiência essa que com certeza ficará guardada para sempre. Tive a oportunidade de conviver com pessoas de várias regiões do país, trocar ideias de vida e de convívio durante as rodas de mate a cada dia que passava. Programa esse que exigiu bastante, tanto do emocional quanto físico. A cada prova era uma surpresa. Enfim, sou grato demais pela oportunidade e com o resultado obtido pelos meus companheiros Silvio chegando até o último dia de prova e ao Rogério que teve um papel fundamental tanto no laço, quanto no momento de dificuldade.”
O formato do reality trouxe provas diárias que exigiam precisão e controle. Modalidades como gado aspado, laço do pescoço e bagualada destacaram o nível técnico necessário. Com eliminações diárias dos cinco competidores menos pontuados, a competição exigia consistência e concentração. Além das habilidades técnicas, os participantes enfrentaram o desafio do confinamento, com comunicação limitada aos acompanhantes por meio de cartas. Essa dinâmica aumentou o foco e a estratégia entre os competidores.
Embora o prêmio principal tenha escapado dos bajeenses, a participação de Silvio, Rogério e João reforçou a presença da cidade no cenário do laço. Com histórias e experiências, os três retornam a Bagé com a sensação de dever cumprido.