Cidade
Comércio de Bagé lucra com o Halloween, mas procura apresenta oscilações
por Melissa Louçan
Nos últimos anos, o Halloween, celebrado em 31 de outubro, tem se consolidado no Brasil como uma data que movimenta o comércio e estimula interações sociais. Originada nos Estados Unidos, a festa tem se tornado popular entre os brasileiros, especialmente entre crianças e jovens, criando oportunidades comerciais para setores específicos. Em Bagé, o reflexo da data já é sentido nas lojas, embora as vendas tenham mostrado sinais de oscilação.
Eduardo Soares, presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), destaca que a data vem ganhando força na cidade. "Percebemos que, ao longo dos últimos anos, e, em especial, 2024, o Halloween tem ganhado força em Bagé, não só nas escolas como também nas famílias e amigos que se unem para essa comemoração. Naturalmente, essa data cria um reflexo bastante positivo principalmente nas empresas que trabalham com fantasias, doces e afins envolvidos nessa festividade, aumentando a venda significativamente desses produtos", afirma.
O presidente da Aciba acredita que, além do impacto econômico, a comemoração promove a aproximação entre as pessoas em atividades coletivas, o que ele considera um aspecto salutar da data.
A integração entre cultura e comércio, no entanto, é percebida de diferentes maneiras pelos lojistas. Nerildo Garcia Lacerda, presidente do Sindilojas, confirma que a data traz vantagens comerciais, mas salienta que o sentido da celebração, para muitos, se desvinculou de sua origem. “Mas, sem dúvidas, o comércio está se apropriando das comemorações e incrementando suas vendas, o que é bom para o ramo de negócios, embora desconsiderem a origem da comemoração”, comenta. "Antes de viajar, circulei pelas nossas lojas e verifiquei uma quantidade de cartazes e muitos produtos para a comemoração do evento", acrescenta Lacerda, que espera que o incremento nas vendas seja positivo para os comerciantes locais. “O Sindilojas faz votos que as comemorações sejam exitosas e que os nossos lojistas atinjam suas metas”, conclui.
Mesmo com o aumento na popularidade do Halloween, a demanda por produtos específicos da data tem oscilado. Clarissa Medeiros, proprietária do Mix Bazar, relata que o movimento em sua loja tem variado em função das mudanças nas celebrações locais. “A procura já foi maior. Muitas escolas não celebram mais o Halloween, o Dia das Bruxas, e isso diminuiu a procura no comércio”, afirma Clarissa.
No entanto, a empresária menciona que a realização de eventos específicos, como a Convenção das Bruxas, programada para esta noite, trouxe novo interesse por adereços temáticos, o que impulsionou ligeiramente as vendas.