Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Ainda não assina o Minuano On-line?
Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades. Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior. CONHEÇA OS PLANOS
Campo e Negócios
Técnicas de Produção com Sustentabilidade dominam abertura do Universo Pecuária
Evento iniciou nesta terça-feira, dia 29 de outubro, no Parque Rural de Lavras do Sul e segue até sábado, 3 de novembro
Em 29/10/2024 às 19:43h
por Redação JM
A segunda edição do Universo Pecuária iniciou nesta terça-feira, 29 de outubro, abordando temas sobre pecuária sustentável e mudança climática. Ao longo da programação que segue até o dia 3 de novembro, no Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul (RS), estão programados mais de 15 fóruns, seminários e workshops, com 50 palestrantes renomados, além de várias atrações gastronômicas e culturais. O evento foi aberto, na Arena do Conhecimento, pelo diretor geral, Davi Teixeira, e pela diretora técnica, Marcela Santana, que enfatizaram a importância da troca de conhecimento e as conexões que podem ser feitas durante as atividades da programação.
Teixeira destacou a necessidade de mostrar à sociedade, entidades, lideranças, instituições de pesquisa e governos, que a pecuária vai muito além da produção de alimentos. “Essa atividade é parte da solução e não dos problemas relacionados à mudança de clima”, salientou. Para ele, o setor merece um maior protagonismo na influência política, no acesso a crédito e nas políticas públicas.
A primeira atividade do Fórum de Pecuária Sustentável e Mudança Climática foi a palestra “A Pecuária e o Planeta: da Produção Sustentável à Neutralidade Climática”, com o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo. O pesquisador comentou que a agricultura está em terceiro lugar nas emissões de gases, atrás do setor energético e da indústria. No entanto, o agro tem a característica de emitir, mas também reter o carbono no solo, o que favorece o manejo da terra. “Nós temos o potencial de novas tecnologias, como a injeção de CO2 em profundidade, e o Brasil é um dos líderes nisso. A Petrobras é nossa, e tem desenvolvido projetos muito importantes nessa linha”, destacou.
Giolo chamou a atenção para o desmatamento ilegal, que é o principal problema referente às emissões de CO2, sobretudo em Mato Grosso e no Pará. “Fiquem tranquilos, eu estou falando de desmatamento ilegal. A gente tem um grande patrimônio, que é o nosso Código Florestal, e que nos permite ter mais de 60% da nossa área com vegetação nativa preservada”, destacou.
O grande desafio levantado pelo pesquisador é aprimorar a comunicação, divulgar melhor para o mundo o que o agro brasileiro está fazendo no sentido de manejo de solo e criação pecuária com sustentabilidade, com mais sequestro do que emissão de carbono. “E a minha pergunta é sobre estes selos de carne, carbono neutro e carne baixo carbono. Se estão em processo de certificação ou de validação internacional? Porque, para nós, enquanto país, embora a gente saiba que a contribuição é pequena, que a energia é o maior fator de emissão, precisamos ter uma união e um marketing maiores para colocar isso para fora”, enfatizou.
Na sequência, a secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, afirmou que a secretaria está conectada com o Universo Pecuária e com os produtores. Também chamou a atenção para melhorar a comunicação sobre o que está sendo feito no campo em relação à produção com sustentabilidade. “Não adianta a gente fazer o certo e não falar do certo. Não adianta fazer o certo, falar em Lavras do Sul, e não falar em Porto Alegre, em Brasília, e por esse mundo afora”, alertou.
O secretário da Agricultura, Clair Kuhn, ressaltou a necessidade de a ciência estar conectada com o campo. “Precisamos de validação científica para que os nossos produtos, sejam eles daqui ou de qualquer parte do estado do Rio Grande do Sul, tenham condições de agregar valor. Então, nós estamos lá na Secretaria da Agricultura trabalhando fortemente nesse sentido”, destacou.
Na parte da tarde, ocorreu o painel “Pecuária & Carbono”. A secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, falou sobre Neutralidade Climática no Rio Grande do Sul. O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), Cassiano Eduardo Pinto, dissertou sobre Emissões, Remoções e Balanço de Carbono.
Na sequência, o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Velho Lopes, falou sobre Proposta de PSA para Agricultura de Baixo Carbono. Depois foi a vez de Frederico Wolf, da Wolf Agricultura e Pecuária, falar sobre Produtor Rural Multi Safras - O Caminho da Produção Sustentável. Por fim, a presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Antonia Scalzilli, falou sobre As Demandas do Produtor Rural.