Campo e Negócios
Consultor do Ministério da Integração visitará região para fortalecer produção ovina e leiteira
Associação Brasileira de Criadores de Ovinos debateu questões do setor em audiências em Brasília
por Redação JM
Nos próximos dias, o Rio Grande do Sul receberá a visita de Daniel Benites, consultor do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com o objetivo de impulsionar as Rotas do Cordeiro e do Leite. A agenda inclui visitas a produtores nas regiões de Bagé e Sant’Ana do Livramento, áreas estratégicas para o desenvolvimento desses arranjos produtivos locais.
A vinda de Benites foi definida em uma reunião entre representantes da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e o coordenador geral de sistemas produtivos e inovadores do Ministério, Tiago Araújo. O encontro ocorreu em Brasília durante a 73ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos, que também contou com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
No Mapa, os representantes da Arco discutiram a realização de exames exigidos para ovinos e caprinos nas centrais de coleta e processamento de sêmen (CCPS), além de pautas relacionadas ao registro genealógico e às exportações e importações no setor. Magali Moura, superintendente de Registro Genealógico da Arco, destacou a necessidade de revisar a normativa atual que restringe a importação de animais de alguns países. "É uma demanda importante para que possamos ampliar nossas possibilidades de importação", afirmou Magali.
Outro ponto central das discussões foi a ampliação dos mercados para a exportação de genética ovina. “Agradecemos ao ministro Carlos Fávaro pelo esforço em abrir novos mercados e pedimos que essa iniciativa continue, especialmente para exportações de material genético”, ressaltou Magali. A Arco também busca avançar em negociações com a Colômbia, Angola e Omã, já exportadores de genética ovina brasileira.
Uma questão crítica mencionada foi a necessidade de um protocolo para controle da doença Scrapie, essencial para que o Brasil se torne apto a exportar animais em pé no futuro. Hoje, o país só pode exportar material genético. Edemundo Gressler, presidente da Arco, enfatizou a importância de políticas públicas que promovam o desenvolvimento da ovinocultura. "Precisamos de avanços no plano sanitário para alcançar o selo de país livre de Scrapie e abrir mais mercados internacionais", pontuou.