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Segurança

Investigação vai apurar morte de detento no Presídio de Bagé

Documento de Charles Rone Rodrigues Salinas, de 33 anos, foi encontrado queimado

Em 01/10/2024 às 11:10h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Investigação vai apurar morte de detento no Presídio de Bagé | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Divulgação

Charles Rone Rodrigues Salinas, de 33 anos, foi encontrado morto em sua cela no Presídio Regional de Bagé na tarde de sexta-feira, 27 de setembro. Ele havia sido preso em flagrante pela Brigada Militar no dia 21 de setembro.

Segundo o registro de ocorrência, Salinas foi levado por agentes penitenciários ao pronto-socorro local no início da tarde de sexta-feira, onde recebeu atendimento médico e foi liberado após ser medicado. No entanto, no final da tarde, outros dois detentos alertaram um agente penitenciário, informando que Salinas estava desacordado em sua cela.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, mas, ao chegar ao local, a equipe médica constatou o óbito. O corpo foi removido para o Departamento Médico Legal (DML), onde passou por exame de necropsia. Até o momento, os resultados do exame e as circunstâncias da morte não foram divulgados.

Advogado aponta violência policial

De acordo com o advogado de defesa de Salinas, Alex Barreto, o detento havia sido preso por tráfico de drogas e foi abordado pela Brigada Militar, especificamente pela patrulha do Choque, em duas viaturas. Ele afirmou que Salinas foi espancado pelos policiais durante a prisão e levado para uma casa, conforme relato da família e do próprio Salinas durante a audiência de custódia. "Ele relatou as agressões sofridas, mencionou que foi levado ao hospital três vezes por causa das dores. A juíza, ao ouvir seu depoimento, determinou que ele fosse encaminhado para perícia, onde as lesões foram confirmadas e exames, como raio-x, solicitados", explicou Barreto.

O advogado ainda destacou que Salinas foi levado diversas vezes ao hospital durante o período de sua prisão devido às dores constantes. "Temos acesso a todo o prontuário médico, e já peticionamos junto à Vara Criminal, que está diligentemente investigando o caso", afirmou Barreto.

Barreto também criticou o atestado de óbito, alegando que ele não condiz com o histórico médico do detento. "O atestado não menciona as agressões que constam nos autos, e foi emitido antes de termos acesso a todas as provas. Ingressamos com um Habeas Corpus 'post-mortem', solicitando que a prisão seja considerada ilegal e pedindo a prisão preventiva dos policiais militares envolvidos. A Justiça acolheu nosso pedido, e diligências foram realizadas durante todo o final de semana", relatou o defensor.

Segundo Barreto, há vídeos gravados pela família que mostram a polícia queimando objetos na casa em que Salinas foi levado. "O documento dele foi queimado, e temos vários indícios. O atestado de óbito é muito superficial, pois não aborda a questão pericial de forma adequada", destacou.

Apuração em andamento

Devido aos indícios apresentados, a Justiça instaurou um procedimento para investigar o caso, que corre na 2ª Vara Criminal de Bagé.

O delegado regional André de Matos Mendes afirmou que, em princípio, não haverá inquérito de investigação por parte da Polícia Civil, pois a causa da morte foi bem determinada. "Não há, inicialmente, justa causa para um inquérito", declarou.

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Por sua vez, o subcomandante do 6º Regimento de Polícia Montada, capitão Patrique Rolim, informou que a investigação será conduzida pela corregedoria da Brigada Militar, já que os policiais envolvidos são de fora de Bagé. "A corregedoria, que tem o poder de polícia judiciária, já abriu uma portaria para investigar o caso", disse.

Rolim ainda comentou que Salinas foi levado para atendimento médico no dia 26 de setembro, cinco dias após sua prisão, e que o laudo de necropsia apontou insuficiência cardíaca e pulmonar como causa da morte. "Agora, uma investigação será conduzida com base nesse laudo", concluiu.

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