Campo e Negócios
Mais de 400 trabalhadores do Marfrig participam de reunião sobre pagamento de ação judicial
Evento realizado no sábado tratou sobre processo aberto por Sindicato para cobrar pelo tempo para troca de uniforme dos funcionários do frigorífico
por Redação JM
O ginásio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) recebeu um grande público na manhã de sábado, dia 20, para a reunião a respeito do pagamento da ação referente ao tempo para troca de uniforme. O objetivo do evento foi repassar orientações e os procedimentos para agilizar que os trabalhadores beneficiados conhecessem as etapas do processo judicial, os valores que serão pagos e as etapas que o Sindicato ainda irá buscar na Justiça novos pagamentos.
Os créditos que serão pagos agora são referentes ao período entre janeiro de 2010 a maio de 2011 - após essa data, o pagamento de horas-extras para troca de uniforme, por pressão do Sindicato, passou a constar como cláusula do acordo coletivo de trabalho. São cerca de R$ 2,5 milhões que serão pagos a aproximadamente 1.200 trabalhadores. A previsão, de acordo com o Departamento Jurídico do STIA/Bagé, é que os pagamentos comecem a ser feitos na primeira semana de agosto.
Em sua manifestação, o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge, ressaltou a importância do Sindicato na ação, que levou mais de uma década para poder ser paga. E, por vitórias como essa, a importância do trabalhador em fortalecer o Sindicato - o que resulta, além das conquistas no Judiciário, em serviços à disposição dos associados e seus dependentes, avanços na proteção do trabalhador dentro das empresas e maior proteção à saúde dos empregados. "Tudo aquilo que vem em prejuízo ao trabalhador, nós vamos correr atrás na Justiça. Esse foi um dos casos, onde o empregado ficava à disposição da empresa a partir do momento em que entra no portão da empresa. E esse tempo não era pago. Desde que ingressamos com a ação, lutamos para incluir esse tempo para troca de uniforme como cláusula no acordo e, com muita pressão e a agilidade do nosso Departamento Jurídico, conseguimos essa conquista", explicou o líder sindical.