Operação Vitória
Exercício de simulação reúne 4 mil soldados
Na manhã desta terça-feira, dia 3 de novembro de 2020, foi aberta a Operação Vitória, que consiste em um exercício de simulação de guerra, onde o comando de operações terrestres do Exército Brasileiro realiza o ciclo de adestramento anual dos soldados, englobando o comando da 6ª Divisão do Exército, com a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, de Bagé, e a 8° Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Pelotas. Ambas participam de um exercício de defesa externa, que assinala o ano de instrução.
De acordo com o comandante da 6ª Divisão do Exército Brasileiro, General Achiles Furlan Neto, aação consiste em uma operação defensiva, onde a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada realizará uma ação retardadora, até uma posição em que os militares chamam de área de defesa, onde a 8ª Brigada de Infantaria Motorizada estará ocupando as posições de defesa. “A dinâmica do exercício é que a 3ª Bda vai retardando o avanço de um inimigo, até chegar à posição de infantaria, onde vai deter esse avanço”, destacou.
O general destaca que foram seis meses de preparação. “O que viabiliza o exercício é a logística que está por trás dele. Começamos a fazer os reconhecimentos, o contato com os proprietários para podermos utilizar suas terras. Após feito o reconhecimento, se tem a ideia de como vai ser a manobra exatamente. Quanto gastaremos de óleo disel, gasolina, munição, alimentação, tudo bem meticuloso. Um erro é multiplicado por quatro mil pessoas e, após esses seis meses, chegamos ao ápice, que é hoje (terça-feira, dia 3) para começar o exercício”, explicou.
Além da equipe terrestre, um dos sistemas que uma divisão de Exército emprega é a aviação. “O primeiro batalhão de Aviação do Exército veio de Taubaté/SP e também a artilharia antiaérea de Caxias do Sul, engenharia, comunicações, todos para colocar no local do exercício os sistemas que uma divisão de Exército emprega”, complementou Furlan.
Em questão de acidentes, o general destaca que, no exercício, também, os soldados aprendem a lidar com situações de risco, prevenção é muito importante. “Perseguimos esse objetivo diariamente e ele vai ser bem sucedido ou não, na medida que todos comandantes em todos escalões consigam lograr êxito nas medidas que ele implementou. Uma coisa é certa, o risco existe, ele tem que ser enfrentado, é um gerenciamento de risco, para que aprenda a lidar com isso”, ressaltou o comandante.
Comando de Bagé
{AD-READ-3}O comandante da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, com sede em Bagé, General Anísio Luis Crespo Alves Negrão, destaca que a participação da grande unidade operacional são nas ações principais deste exercício. “A Brigada tem 11 unidades, tendo três regimentos de cavalaria mecanizada, com as viaturas, os guaranis participam dentro de uma constituição de um pelotão de cavalaria, que faz a proteção blindada dos grupos que nós temos de combate, os soldados que fazem parte da infantaria, e os cascaveis dão a proteção blindada, ação de choque, potência de fogo. Além disso, temos um regimento de cavalaria blindado, 9º RCB de São Gabriel, que dá mais potencia de fogo para a Brigada, constituído pelos M113 e os Leopardos”, explicou.
O general Negrão ainda complementa, que esta operação é o coroamento do ano de instrução. “Tivemos um ano difícil para todo mundo, com a função da pandemia, mas não paramos, estivemos trabalhando sempre para a comunidade, auxiliando durante a quarentena. Mas a nossa atividade fim, como previsto no artigo 142, da Constituição, é a defesa da pátria, esse exercício é exatamente isso, estamos terminando o ano, treinando, fazendo o período básico, preparando a tropa e no final a gente coroa com grande operação”, concluiu.