Fogo Cruzado
Mainardi solicita auditoria especial do Tribunal de Contas
por Redação JM
O descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e o pagamento irregular de vantagens durante a gestão anterior foram uma das razões para que a prefeitura de Bagé apresentasse, no começo de 2025, uma dívida acumulada de R$ 497 milhões. Diante do cenário preocupante, o prefeito Luiz Fernando Mainardi, do PT, adotou medidas de controle de gastos e prometeu transparência total dos números.
Nesta nesta terça-feira, 21, o chefe do Executivo esteve com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), conselheiro Marco Peixoto, e diretores da corte para detalhar as irregularidades e solicitar uma atuação emergencial no município. “A gente sabia que a situação era complicada, mas a cada passo que damos nós nos deparamos com novas fraudes, algumas delas já identificadas e apontadas pelo Tribunal, mas outras tantas estão sendo reveladas agora, com a nossa chegada na Prefeitura. Os criminosos que tentaram inviabilizar a gestão, precisam ser responsabilizados”, afirmou o prefeito.
O conselheiro Marco Peixoto saudou as medidas adotadas por Mainardi até agora e disse que o corpo técnico do TCE-RS fará uma análise imediata da documentação entregue pelo prefeito e não descartou a necessidade de determinar uma tomada de contas especial em Bagé. “A gente compreende que muitas cidades estão com problemas nas finanças, mas era essencial mostrar ao presidente e aos auditores do Tribunal que os crimes cometidos pela administração anterior em Bagé são mais graves e inéditos”, concluiu Mainardi.
O prefeito apresentou casos concretos de irregularidades na folha de pagamento, como a concessão de Funções Gratificadas para pessoas que não exerciam cargos de chefia, pagamentos irregulares de licenças prêmios e horas extras, entre outros benefícios. O Tribunal de Contas deve responder formalmente o pedido da prefeitura de Bagé nas próximas semanas.