Região
Descendentes da família Kloppenburg celebrarão 100 anos de migração no Brasil
por Jaqueline Muza
A celebração dos 100 anos da chegada da família Kloppenburg ao Brasil será realizada neste domingo, 10 de novembro de 2024, na Comunidade Cristo Rei, na Trigolândia, em Hulha Negra. O evento deve reunir cerca de 150 descendentes de Bagé, Aceguá, Candiota, Pinheiro Machado, Rolante, Taquara, Novo Hamburgo, Campo Bom, Cachoeirinha, Sapiranga e de outras regiões.
Este será o 13º Encontro da Família Kloppenburg e seus descendentes. Na oportunidade, além da confraternização, será celebrada uma missa em homenagem à família, às 10h, seguida de um almoço festivo no Salão Paroquial.
De acordo com o padre Alex Kloppenburg, um dos organizadores do evento e membro da família, os Kloppenburg, descendentes de imigrantes que se estabeleceram no sul do Brasil, têm forte presença nas cidades de Hulha Negra, Candiota, Aceguá, Pinheiro Machado e Bagé. "Hoje, os descendentes já estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo, em lugares como Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Alemanha, Suíça e até na Inglaterra", enumera.
Com o valor de R$ 25,00 por pessoa e entrada gratuita para crianças até 10 anos, o encontro busca reforçar o laço entre os Kloppenburg e celebrar a importância das raízes familiares. Uma das mensagens de saudação do evento diz: “Família é como os galhos de uma árvore: cada um segue uma direção diferente, mas as raízes são as mesmas. Nenhuma árvore alcança o céu sem a força de suas raízes".
Padre Alex ressalta que a expectativa é de um dia repleto de lembranças, trocas de histórias e fortalecimento dos vínculos familiares, honrando o legado dos primeiros imigrantes que chegaram ao Brasil há um século.
História
Bernard Kloppenburg nasceu em 1882, na Alemanha, e sua esposa Josephine Westerkamp, em 1888. Ambos da Baixa Saxônia, migraram para o Brasil em 1924 devido às difíceis condições pós-Primeira Guerra e ao desejo de evitar que seus filhos participassem de futuras guerras. Bernardo serviu como enfermeiro no exército alemão, o que lhe causou traumas e problemas de saúde. Após a guerra, a família enfrentou dificuldades econômicas na Alemanha, agravadas pela inflação, o que os levou a vender suas propriedades e embarcar no navio Sierra Nevada rumo ao Brasil.
{AD-READ-3}Após chegarem a Rolante, enfrentaram desafios de adaptação, mas compraram terras, onde cultivaram diversos alimentos e criaram animais. Em 1929, Francisco Kloppenburg e José Macke se mudam para Rio Negro, mais tarde Colônia do Rio Negro e, em 1957, Trigolândia. Depois, também veio Guilherme (Wilhelm) Schierholt, casado com Agnes Kloppenburg. E em 4 de julho de 1932, Bernardo vendeu a propriedade em Rolante e migrou para Rio Negro, onde comprou 58 hectares de campo bruto.
Os Kloppenburg tiveram um total de 12 filhos, alguns nascidos no Brasil. Seus descendentes seguiram caminhos variados, incluindo o sacerdócio e a vida religiosa. A família se expandiu, com 44 netos, marcando presença significativa na região ao longo das gerações.