Eleições 2024
Justiça Eleitoral avalia pleito como tranquilo, mas intenso
Juíza Marina Watcher Gonçalves destacou procedimento verificação de autenticidade de urna em Bagé como novidade do pleito
por Rochele Barbosa
O pleito eleitoral para prefeito e legislativo de 2024 terminou domingo. Em Bagé, Candiota e Hulha Negra, que compõem a 142ª Zona Eleitoral, a juíza Marina Watcher Gonçalves destacou que, de modo geral, o processo foi tranquilo, apesar de intenso.
A juíza mencionou que, conforme relato da Polícia Federal, ocorreu um crime eleitoral em Candiota, relacionado à prática de boca de urna, além de uma situação de perturbação dos trabalhos eleitorais em Bagé. “Essas foram as ocorrências que a polícia nos informou até o momento. Estamos envolvidos nos trabalhos eleitorais desde as 6h, especialmente por conta do sorteio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para a verificação da autenticidade das urnas, que ocorreu pela primeira vez aqui, na Escola Ciep”, ressaltou.
Marina também destacou que, durante a verificação da autenticidade das urnas, estiveram presentes a presidente da OAB Bagé, Márcia Rochinhas, e o promotor de justiça, Cláudio Rafael Morosin Rodrigues. "Após essa etapa, nos deslocamos para o cartório eleitoral e, a partir daí, ficamos de prontidão. A cada denúncia que recebíamos, nos deslocávamos até o local, ou a polícia era acionada para averiguar a situação e tentar resolver o problema. Tivemos um incidente com uma urna na Escola Julinha Taborda, que precisou ser substituída por uma urna de contingência", completou. A juíza também informou que, em Candiota, houve um problema de falta de energia elétrica pela manhã, mas a situação foi regularizada rapidamente.
Cestas básicas são apreendidas
A Polícia Federal formalizou, na noite de sexta-feira, 4 de outubro, a prisão em flagrante de dois homens pelo crime de corrupção eleitoral. Os indivíduos foram conduzidos pela Brigada Militar após serem flagrados transportando, no interior de um veículo, 22 cestas básicas que seriam distribuídas com o objetivo de comprar votos.
A abordagem do veículo foi realizada em Bagé, após a confirmação de informações sobre a movimentação e armazenamento de cestas básicas em uma escola pública desativada, onde estavam sendo distribuídas a eleitores em benefício de um candidato. No interior da instituição, policiais federais e militares encontraram outras 253 cestas básicas prontas para distribuição.
{AD-READ-3}Durante as diligências, a Polícia Federal apurou que os dois detidos possuíam envolvimento com a campanha de dois candidatos. Também foi verificado que a escola desativada onde as cestas foram encontradas é utilizada por uma entidade sem fins lucrativos de assistência social, vinculada a um dos candidatos. Todas as cestas básicas foram apreendidas, assim como os telefones dos dois detidos. Os acusados foram liberados após o pagamento da fiança arbitrada.
A Prefeitura de Bagé, por meio da Secretaria de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Direitos do Idoso (SMASI), informou que a ação da Polícia Federal, que prendeu dois homens com cestas básicas por suposto crime eleitoral, não teve qualquer envolvimento com o Governo Municipal.