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Eleições 2024

“Fui convidado pelo nosso time para continuar um trabalho”, afirma Folador

Em 24/09/2024 às 09:11h

por Redação JM

“Fui convidado pelo nosso time para continuar um trabalho”, afirma Folador | Eleições 2024 | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Jaqueline Muza

O candidato Luiz Carlos Folador, 56 anos, é o atual prefeito de Candiota. O postulante à reeleição pelo MDB encabeça a coligação ‘Pelas Pessoas’, com o Progressistas e a Federação PSDB/Cidadania. Marcelo Gregório, do PSDB, é o candidato a vice-prefeito.

Na primeira entrevista da série produzida pelo Jornal Minuano com os candidatos à Prefeitura de Candiota, o postulante do MDB detalha propostas para áreas da saúde, abastecimento de água, transição energética e futuro do carvão.

 

MINUANO - Por que decidiu disputar a reeleição em 2024?

FOLADOR – Tive a oportunidade de ser presidente do Cideja, um consórcio regional, abrangendo sete municípios, nos quais a gente contribuiu muito. Fui presidente da Famurs. Amo a política, faço porque gosto de oportunizar que as pessoas tenham a sua casa própria, para que as crianças possam estar na escola, tenham cursos técnicos, profissionalizantes, mudar a vida das pessoas para melhor. Esse é o desafio. Eu fui convidado pelo nosso time para continuar um trabalho. O trabalho não é de uma pessoa, é de um grupo de pessoas que se doam na área da educação, da saúde, do meio ambiente, da assistência social, do desenvolvimento econômico, de diferentes áreas que a gente possa apoiar as pessoas, apoiar a nossa comunidade.

 

MINUANO - Qual é o seu plano para melhorar a qualidade e o acesso aos serviços de saúde em nossa cidade, especialmente para as populações mais vulneráveis?

FOLADOR - Nesse período em que estamos na frente da Prefeitura, fizemos grandes investimentos na área da saúde. Colocamos em pé um posto de saúde no meio rural, uma obra havia sido paralisada durante quatro anos. Retomamos, licitamos, entregamos à nossa comunidade um investimento de R$ 1 milhão. Nesse período, colocamos em funcionamento o raio-x digital. Criamos o Centro de Saúde Mental, que atende 500 pessoas por mês. Temos ali pilates, práticas integrativas, reiki, várias atividades, atendimento psicológico. Temos o nosso Centro de Reabilitação e Apoio. Além de Candiota, atendemos crianças de Hulha Negra. O espaço atual não é adequado. Estamos preparando um novo local. Conseguimos uma nova unidade de saúde, através do PAC, em um investimento de R$ 2,1 milhões. Vamos ampliar o que já estamos fazendo.

 

MINUANO - Quais são suas propostas para garantir o abastecimento de água de qualidade e em quantidade suficiente para todos os bairros da cidade?

FOLADOR - Nós investimos cerca de R$ 1,5 milhão no sistema de abastecimento da água. Compramos geradores e equipamentos. Compramos um equipamento para identificar possíveis vazamentos da água. Hoje temos uma qualidade da água muito boa. Fizemos seis análises diárias, durante toda semana. Estamos atendendo às portarias. Temos uma equipe com três engenheiros. Ainda temos pessoas que, em período de estiagem, são abastecidas por caminhão-pipa. Então estamos construindo cisternas através do Instituto Padre Josimo. E estamos ainda buscando recursos para uma rede adutora de água. Temos uma barragem da termoelétrica Âmbar, de 400 hectares, e uma estação de tratamento de água moderna, conquistada por mim. Propomos criar um departamento, uma autarquia, para poder cuidar melhor do sistema de abastecimento da água. Acredito na conquista do recurso da rede adutora.

 

MINUANO - Quais são suas estratégias para melhorar a qualidade ambiental na cidade?

FOLADOR - A gente pode falar com muita tranquilidade em nosso município. Qual o desafio? As emissões de CO². Tem que haver um balanço entre as emissões e a captura do CO². Temos duas usinas modernas. E no nosso município nós temos 200 hectares para mais de videiras que produzem vinhos de excelente qualidade. Então isso faz a captura de CO². Temos cerca de 100 hectares de plantios de olivais. Temos aqui na região cerca de 15 mil hectares de floresta plantada. Essa floresta plantada faz a captura do CO². Os órgãos ambientais que aqui vêm são bem-vindos sempre. Precisamos cuidar do meio ambiente e eles precisam nos ajudar, porque a causa ambiental ela é do planeta. Temos mais de 10 estações de monitoramento da qualidade do ar. Temos um bom município, cerca de 274 espécies de pássaros, catalogados, aqui em Candiota. Se não tiver um ar de boa qualidade, os pássaros migram para outros lugares. Então, quem responde isso, da qualidade do ar, não sou eu, são os pássaros.

 

MINUANO - Qual é sua posição sobre o uso de energia a carvão como fonte de geração de energia na cidade e quais são suas propostas para a transição energética?

FOLADOR - Eu defendo o uso de todas as fontes. Temos no Brasil uma base de hidroeletricidade, cerca de 85% com a hidroeletricidade. Somos bem servidos no Brasil, com muitos mananciais. Temos energia fotovoltaica, que vem crescendo muito. Inclusive, colocamos duas usinas de energia fotovoltaica, uma na escola Odete, outra na unidade de conservação. Pretendemos investir em outras usinas de energia fotovoltaica. Temos a energia eólica. E o carvão, onde entra? Na energia segura. Porque para a indústria poder funcionar ela precisa de uma energia firme. Somos um município que acolhe pessoas e tem sustentabilidade. Agora a empresa Figueira está indo numa outra célula, licenciada pela Fepam, e essa nova célula será usada para produzir gás veicular. Nossa unidade de conservação já tem várias espécies agora preservadas e o nosso desafio é criar em nosso município mais duas unidades. O que é a transição energética? Envolve buscar alternativas para não ficarmos dependentes de um setor apenas. Estamos buscando a vitivinicultura, os olivais, a produção de grãos. A Vantec está, junto da CRM e da Prefeitura, enviando 20 toneladas de carvão daqui de Candiota que vão até o Cazaquistão. Lá eles vão produzir o ferro, silício e alumínio e posteriormente mostrar para a indústria brasileira, porque como não tem nenhuma indústria dessas aqui no país, então precisa de ter já matéria-prima em escala industrial para mostrar para eles, para já vender, porque uma empresa não vai fazer um investimento sem saber se vai ter retorno. Em novembro, teremos a primeira formatura de técnicos em mineração e técnicos em eletromecânica, formados pela SATC, em Santa Catarina. O município bancou a bolsa de estudos e também a estadia, a alimentação, o translado para Santa Catarina. Isso é preparar os nossos jovens, para que eles tenham uma formação técnica, e possam trabalhar no nosso município, na região, e terem uma renda melhor. Estamos apresentando ao governo do Estado um projeto para que os recursos da extração mineral, do carvão, que estão indo para o caixa único do Estado, eles sejam destinados mediante lei para o nosso município, na implantação do novo polo tecnológico, para criar startup, robótica, curso para programação de computadores, incubadoras, estágios, várias atividades que poderão ser feitas nesse novo viés da transição energética justa, que a gente defende muito. Esse valor dá cerca de R$ 2 milhões novos por ano.

 

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Considerações finais

FOLADOR – Criamos a Secretaria Especial da Mulher, o quinto município no Estado a contar com essa secretaria. As mulheres assistidas, elas são encaminhadas a um atendimento psicológico, jurídico, social, um atendimento impecável. Pessoas que não têm condições de pagar um aluguel no final do mês, e para isso, elas recebem o apoio do poder público, até elas conseguirem ter o seu próprio imóvel, poderem ter uma profissão, terem um trabalho digno, e poderem pagar o seu próprio aluguel. Recuperamos 100% da MAC, via que havia sido construída em 1975 e, ao longo desses anos todos, ficou praticamente uma obra muito precária. Tinha uma operação tapa-buraco e alguns trechos recuperados. Fizemos toda a MAC. Foram R$ 10 milhões do governo do Estado com R$ 2 milhões de contrapartida do município. Outra proposta é a Transcampesina. Por ser uma obra importante, acreditamos nela, nunca abandonamos, nunca desistimos. Está sendo ajustado um termo de referência específico para a Transcampesina. Vai iniciar o trecho partindo lá de Aceguá, em direção à Hulha Negra. Nesse meio tempo já está sendo trabalhado um recurso para incluir no PAC, Plano de Aceleração do Crescimento. Já temos R$ 115 milhões garantidos.

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