Nossa Gente
O pastel do Calçadão: um sucesso no coração de Bagé
Em um quiosque de apenas 16 metros quadrados, Lisiane Felscher e sua equipe têm conquistado o paladar dos bajeenses há mais de duas décadas
por Giana Cunha
No coração de Bagé, onde o passado e o presente se encontram, está localizado o Calçadão, um espaço que já abrigou o Mercado Público da cidade até 1955 e hoje se destaca como um dos pontos mais movimentados e queridos pelos bajeenses. Este local histórico, no centro da cidade, é muito mais do que um simples corredor de passagem para quem depende do transporte público ou frequenta o comércio local. É um lugar de encontros, pausas e tradições que resistem ao tempo.
Diariamente, milhares de pessoas cruzam o Calçadão, cada uma com sua rotina agitada, mas muitas fazem questão de parar, nem que seja por alguns minutos, para desfrutar de um café e um bom bate-papo em um dos quiosques que se espalham pelo espaço. Desde as primeiras horas da manhã, às 7h, até o final do expediente, às 19h, o Calçadão oferece um atrativo que está se consolidando como uma tradição local: o pastel.
Embora Bagé seja amplamente conhecida como a "terra do pancho", o pastel também tem seu lugar especial na gastronomia da cidade. E é exatamente nesse ambiente, em um quiosque de apenas 16 metros quadrados, que Lisiane Felscher e sua equipe têm conquistado o paladar dos bajeenses há mais de duas décadas.
A rotina de Lisiane é intensa. Entre a preparação dos recheios variados, doces e salgados, e o atendimento ao público, o movimento no quiosque é constante. Mesmo durante a visita do JM, era comum ver pessoas apressadas, mas que ainda assim arranjavam tempo para uma rápida parada e degustação dessa iguaria. O pastel de carne com queijo figura entre os favoritos, mas as opções são diversas, desde os tradicionais recheios de frango, presunto e calabresa, até as delícias doces como goiabada com queijo, doce de leite e creme de avelã.
Para Lisiane, a qualidade dos produtos é o segredo do sucesso. "Graças a Deus, hoje o negócio é um sucesso. A gente sempre procura fazer o melhor possível, manter a qualidade", destaca, orgulhosa, ao contar que começou a trabalhar no quiosque com seu tio, enfrentando dificuldades, mas com muita perseverança e o apoio do antigo proprietário, conseguiu transformar o local em um empreendimento próspero.
Mais do que um negócio, o quiosque se tornou um ponto de encontro e de amizade para Lisiane. Ao longo dos 21 anos de atuação, ela lembra com carinho das amizades que fez no Calçadão, que se consolidou como um espaço de trabalho árduo, mas também de convivência e celebração dos sabores que fazem parte da identidade de Bagé.