Saúde
Criada Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde
por Giana Cunha
Secas prolongadas, inundações, queimadas, aumento de temperaturas e ondas de calor, emergências climáticas que têm impacto na saúde da população, pensando na gestão destes problemas, a partir de agora com a coordenação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVSAT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), uma sala do Ministério da saúde passa a monitorar situações emergenciais relacionadas ao clima.
A sala de situação tem como objetivo planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas em momentos de urgência. “Os fenômenos extremos climáticos estão se tornando mais intensos e mais frequentes. Isso tem impacto na saúde humana. A sala de situação facilita a articulação interministerial e interinstitucional. Para o próprio ministério, facilita a ações, como nos comunicarmos melhor com a população sobre os riscos decorrentes das emergências do clima”, explica Agnes Soares da Silva, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.
Elaborar orientações para resposta rápida frente as emergências climáticas, promover a articulação com gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) e divulgar as informações relativas à situação de saúde das regiões afetadas por estes eventos estão entre as atribuições da sala de Situação.
O grupo sterá encontros semanais, com representantes de todas as secretarias do ministério, além de representantes de outros órgãos e entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Entre as propostas também está a capacitação para os profissionais de saúde que atuam nas áreas afetadas. As comunidades mais vulneráveis, especialmente populações de baixa renda e localizadas em áreas de difícil acesso e comunidades indígenas e ribeirinhas, que enfrentam riscos maiores devido à falta de acesso a infraestrutura adequada para acesso a serviços de saúde.
As ações fazem parte da construção do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).