Cidade
Comunidade indígena passará a contar com iluminação pública
por Jaqueline Muza
A comunidade indígena Tekoa Pindó Mirim, localizada próximo à Santa Thereza, em Bagé, na área onde ficava o Horto Municipal, está prestes a receber melhorias significativas.
Desde setembro de 2023, o Estado tem repassado recursos mensais de R$ 2 mil reais para o Fundo Municipal de Saúde, com o objetivo de atender às necessidades emergenciais e estruturais dessa comunidade e, entre as melhorias, foi solicitado pelos indígenas a colocação de rede de energia. Em resposta a essa demanda, a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e a Prefeitura de Bagé, em parceria com a Coopersul, iniciou a instalação de postes de iluminação pública. A previsão é que, em breve, os fios sejam instalados, permitindo que a comunidade finalmente tenha acesso à luz elétrica.
O Programa Estadual de Incentivo para Atenção Primária à Saúde (PIAPS) foi criado em 19 de abril e tem, dentre seus objetivos, garantir a atuação complementar do Estado na qualificação à Atenção Primária a Saúde dos povos indígenas, contribuindo para atenção diferenciada e para a redução de vulnerabilidade sociais respeitando e valorizando seus modos de vida e medicina tradicional.
Conforme a titular da 7ª CRS, Claudia Souza, a aldeia Tekoa Pindó Mirim, em Bagé, conta com 48 indígenas reconhecidos Ela explica que, através da Portaria, a Coordenadoria tem acompanhado as políticas públicas voltadas para povos indígenas e quilombolas. Entre as ações previstas, destacam-se a qualificação da atenção primária à saúde desses povos e o atendimento a pedidos específicos da comunidade.
Claudia salienta que, recentemente, a comunidade indígena solicitou auxílio para a obtenção de alimentos, uma roçadeira para a manutenção do ambiente e iluminação pública, necessidades que têm sido monitoradas e atendidas pela Secretaria Municipal de Saúde. "Parte dos alimentos já está em processo de entrega, com previsão para esta semana. A roçadeira será adquirida em breve, visando a limpeza e segurança da área, que frequentemente apresenta problemas com bichos peçonhentos”, destaca.
A coordenadora ressalta que uma das maiores preocupações da comunidade era a falta de iluminação pública, que persiste desde sua chegada a Bagé, há mais de dois anos. “Sem luz, a situação se torna ainda mais crítica para os moradores, incluindo uma criança menor de dois anos que necessita de oxigênio para continuar o tratamento médico em casa”, disse.
O presidente da Coopersul, Jaci Coelho (Titi), esteve no local juntamente com a coordenadora. “Essa ação conjunta entre o Estado, a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria de Infraestrutura e a Coopersul reflete o engajamento da sociedade em melhorar as condições de vida dos povos indígenas. A continuidade desse trabalho busca garantir que outras necessidades sejam atendidas e que as políticas públicas se tornem cada vez mais eficazes para esses grupos vulneráveis”, afirmou Cláudia.