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Uma conquista Iluminada: a história por trás do Freio de Prata

“Para mim , não tinha a ver com reconhecimento da cabanha e sim com a homenagem ao meu filho.” (Gustavo Camponogara)

Em 07/09/2024 às 19:45h
Giana Cunha

por Giana Cunha

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A Estância Rio Negro trouxe para Bagé o Freio de Prata, conquistado na Expointer 2024, com a égua Iluminada do Rio Negro, propriedade de Gustavo Camponogara. O animal, de 7 anos, destacou-se entre os melhores exemplares da Raça Crioula, combinando beleza, aptidão e funcionalidade excepcionais.

Desde o início, Iluminada mostrou sua qualidade, mas sua vitória carrega um significado muito maior, especialmente em um ano marcado por dificuldades. A família Camponogara enfrentou uma tragédia: Luís Gustavo, filho do criador e grande entusiasta dos cavalos, faleceu aos 23 anos em um acidente de trânsito. Luís era o maior incentivador do pai e um parceiro inseparável no manejo dos animais, especialmente nas decisões relacionadas às éguas de doma.

Pai e filho começaram juntos o caminho que culminaria nessa conquista, muito além de um prêmio. A vitória de Iluminada tornou-se uma homenagem ao sonho do jovem, agora realizado.

A paixão de Luís Gustavo pelos cavalos foi herdada do pai, veterinário. "Sempre fui apaixonado por genética e pelos animais, e Luís compartilhou esse amor comigo", conta Gustavo. Ele lembra que tudo parecia conspirar para que Iluminada chegasse até ali. A égua venceu a credenciadora, a classificatória, e, segundo o criador, "apenas participar do Freio de Ouro já era uma vitória, ainda mais sendo uma cabanha nova."

O objetivo da família não era ganhar o prêmio, mas prestar uma homenagem ao filho, que se formaria em zootecnia em 2025. "A torcida era por honrar sua memória, não por troféus", destaca Gustavo.

Priscila Vargas, esposa de Gustavo, esteve ao lado do marido durante as provas em Esteio. Médica, ela admite que, até então, não era muito envolvida com o meio rural, mas, após a perda do filho, sentiu necessidade de apoiar o marido. "O braço direito não estava mais ali, então passei a ser companheira", relata emocionada. Ela lembra que, quando Iluminada se classificou para o Freio de Ouro, estava ao lado de Gustavo: "Pensei que não era eu quem deveria estar ali, mas Deus quis assim. Compreendemos que isso faz parte da vida, e Luís cumpriu seu tempo aqui."

Priscila também teve a oportunidade de se aproximar da paixão da família pelos cavalos e, assim, começou a vibrar e torcer, não por prêmios, mas para que Gustavo encontrasse algum conforto. "A perda é eterna, a tristeza tentamos amenizar, mas a saudade nunca desaparece", frisa.

Iluminada foi conduzida por Ricardo Wrege, que se dedicou intensamente aos treinamentos, sendo peça fundamental na conquista. Gustavo, que tem tatuado no braço a imagem do filho ao lado de um cavalo, vê isso como símbolo de que Luís Gustavo estava presente naquele momento especial.

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Para todos os envolvidos, Iluminada representa amor, força e a conexão de um legado. Gustavo afirma que a égua não tem preço e que esta será sua única participação no Freio de Ouro: "Este Freio de Prata vale mais para mim do que o Freio de Ouro. Se fosse de alpaca, teria o mesmo valor. E, mesmo que não ganhássemos nada, Iluminada brilhou na classificatória. Ela foi o animal mais pontuado do ciclo. Missão cumprida como criador, mas, como pai, eu só pedia a Deus que me deixasse fazer essa homenagem, e Ele permitiu. A energia da torcida também fez a diferença. Havia algo especial naquela pista."

Iluminada do Rio Negro, um nome que agora carrega um significado ainda mais profundo para a família Camponogara, trouxe luz e eternizou a relação entre o homem do campo e seu cavalo, e, acima de tudo, o amor entre pai e filho. "A dor da perda é imensa, mas o que quero transmitir é que devemos sempre agradecer. Não me lamento por Deus ter levado meu filho, mas sou grato por tê-lo tido, por ter sido seu tutor e por ter vivido com ele durante 23 anos. Eu fui iluminado por ter sido pai do Luís Gustavo", conclui Camponogara.

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