Cidade
Bagé comemora 213 anos com resultados positivos em análise inédita sobre qualidade de vida
Rainha da Fronteira apresentou um dos melhores desempenhos da Metade Sul do RS no Índice de Progresso Social (IPS)
por Melissa Louçan
Em pleno mês de aniversário, Bagé, que completa 213 anos neste próximo dia 17 de julho, celebra não apenas sua história, mas também os resultados promissores no recente levantamento do Índice de Progresso Social (IPS). A Rainha da Fronteira mostrou um desempenho relativamente forte, com um índice de 65,34, destacando-se na Campanha e Fronteira Oeste, apesar de alguns indicadores menos expressivos.
Pela primeira vez, o IPS, uma metodologia internacional que avalia o bem-estar da população utilizando dados oficiais, foi aplicado em todas as cidades brasileiras. O estudo, denominado IPS Brasil, filtrou mais de 300 indicadores até chegar a 52, provenientes de órgãos oficiais e institutos de pesquisa como DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico. Os únicos dados inéditos foram os produzidos pelo Mapbiomas, relacionados a áreas verdes e disponibilidades de praças.
O IPS é dividido em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades. Cada uma dessas dimensões é composta por quatro componentes, que juntos formam a média final. Cada componente é formado por diversos indicadores, com diferentes pesos entre eles.
Bagé apresentou os melhores índices da região, superando municípios vizinhos como Aceguá (55,16), Hulha Negra (55,28), Dom Pedrito (56,9) e Candiota (55,92), que registraram índices neutros. Na dimensão de Necessidades Humanas Básicas, Bagé alcançou um índice neutro. Dentro desse segmento, dois indicadores se destacaram em Nutrição e Cuidados Médicos Básicos: Subnutrição, com índice forte, e Mortalidade ajustada por condições sensíveis à Atenção Primária, com índice negativo. No que tange a Água e Saneamento, Esgotamento Sanitário Adequado e Índice de Perdas de Água na Distribuição foram considerados relativamente fortes. Em Moradia e Segurança Pessoal, indicadores como Assassinatos de Jovens, Assassinatos de Mulheres e Homicídios apresentaram índices neutros.
No segmento de Fundamentos do Bem-estar, Acesso ao Conhecimento Básico foi considerado fraco, destacando-se problemas como Evasão no Ensino Médio e Distorção Idade-Série no Ensino Médio. Saúde e Bem-estar também apresentou desafios, com Mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis sendo avaliado como fraco. Em contrapartida, Qualidade do Meio Ambiente trouxe um ponto positivo com Áreas verdes urbanas, considerado forte, embora Supressão da Vegetação Primária e Secundária tenha sido fraco. Os demais itens desse segmento mantiveram-se neutros.
A dimensão de Oportunidades foi a mais bem avaliada, recebendo uma classificação forte. Dentro do tema Direitos Individuais, Acesso a Programas de Direitos Humanos e Existência de Ações para Direitos de Minorias apresentaram índices fortes. Em Liberdades Individuais e de Escolhas, Acesso à Cultura, Lazer e Esporte também teve um índice positivo, sendo considerado forte. No quesito Acesso à Educação Superior, os índices de Empregados com Ensino Superior e Mulheres Empregadas com Ensino Superior foram considerados fortes, enquanto Inclusão Social manteve índices neutros.
{AD-READ-3}Cristiano Nunes Ferraz, titular da pasta municipal de Economia, Finanças e Recursos Humanos (SEFIR), celebrou os resultados: “É com orgulho que colhemos frutos como esse: nossa cidade atingiu uma pontuação significativa no IPS Brasil, recolocando Bagé como a verdadeira 'Rainha da Fronteira'”, destacou.
Ferraz também ressaltou que a pontuação no IPS Brasil reflete políticas públicas eficazes e melhorias em infraestrutura, educação, saúde e bem-estar social: “Mostra que estamos no caminho certo para um futuro próspero e sustentável”.