Segurança

Réu é condenado a mais de 10 anos por tentar matar homem em mercado

Em 08/07/2024 às 20:07h

por Rochele Barbosa

Lindomar Gonçalves Brião, de 34 anos, foi condenado, no final da tarde desta segunda-feira, dia 8, a 10 anos e oito meses de prisão em regime fechado por tentar matar Jairo dos Santos Martins, no dia 12 de março de 2022, por volta das 17h40min, na Rua Doutor Pena, em frente a um bar, bairro Ibajé.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado, 'com emprego de meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, deu início ao ato de matar a vítima, somente não consumando o desiderato criminoso por circunstâncias alheias à sua vontade, na ocasião, o ofendido encontrava-se na frente do estabelecimento comercial, um bar, quando foi surpreendido pela repentina ação do denunciado, que, efetuou, de inopino, disparos de arma de fogo em sua direção, logrando alvejá-lo com um projétil na perna esquerda, que o deixou sem apoio nesta perna, para caminhar utiliza muletas'.

Consta que o ofendido, mesmo ferido, correu para o interior do mercado, onde se encontrava o proprietário e um entregador de mercadorias, mas foi perseguido pelo denunciado, 'que seguiu efetuando novos disparos dentro do estabelecimento comercial, sem, contudo, conseguir novamente acertá-lo, porquanto se refugiou em meio às prateleiras. Ao ensejo, o denunciado empreendeu exitosa fuga, conduzindo uma motocicleta'.

Testemunhas
A vítima foi ouvida e disse que até hoje não sabe o motivo que levou o réu a lhe desferir os tiros. "Eu nunca tive nada com ele, ele teve desavenças com meu irmão, mas não sei porque motivo ele atirou em mim", contou. 

Ao depor ao Júri, ainda destacou que no dia anterior ainda deu um cigarro para o réu e que eles estavam conversando. "A gente estava preso junto, no regime semiaberto, no Instituto Penal de Bagé (IPB), e a gente conversava e tudo", completou. 

Foram ouvidos também dois policiais civis que aruaram investigação do caso.  Ambos relataram que testemunhas identificaram o réu como sendo o autor dos disparos. E as câmeras de videomonitoramento flagraram o momento do crime - apesar de estar de capacete, ele teria eudo reconhecido pela vítima e por outras testemunhas. 

Réu
Brião começou o depoimento dizendo que não era ele quem efetuou os disparos e ainda relatou que, no dia do crime, estava trabalhando e depois iria para o IPB. "Eu não tenho nada com ele, não fui eu,. Eu até sai do trabalho naquele dia, às 18h20. Eu tinha desavenças com o irmão dele sim, mas com ele não. E sobre ele ter me dado cigarro é mentira dele, pois ele fica em outra ala, diferente da minha", resumiu.