Saúde
Anvisa avalia medicamento que retarda sintomas do Alzheimer
por Giana Cunha
Uma nova substância que retarda a progressão do Alzheimer foi liberada nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), equivalente americana da Anvisa no Brasil. A aporvação aconteceu no dia 2 de julho. O Donanemabe é um medicamento capaz de retardar a progressão do Alzheimer em pacientes nos estágios iniciais da doença. Trata-se de uma substância injetável que deve ser administrada uma vez por mês.
A droga é descrita como a primeira e única terapia que tem como alvo placas tóxicas no cérebro chamadas amiloides que, quando se acumulam em excesso, podem levar a problemas associados à doença de Alzheimer como de cognição, memória e função.
Os testes foram realizados em 1.736 pessoas, em oito países, e, segundo a fabricante, ao longo da pesquisa, foi registrada redução nas placas amiloides. Em média, em 61% aos seis meses de uso, 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses, em comparação com o início do estudo.
Nos Estados Unidos, o custo será de US$ 12,5 mil (cerca de R$ 71 mil na cotação atual) para seis meses de tratamento e US$ 48,6 mil (R$ 277 mil) para 18 meses, de acordo com a Eli Lilly. O preço de cada frasco de Kisunla (nome comercial do medicamento) é US$ 695,65 (R$ 3,9 mil).
Apesar da expectativa, ainda não há previsão para a chegada ao Brasil. A farmacêutica Eli Lilly do Brasil comunicou que submeteu o medicamento para avaliação regulatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro de 2023 e está aguardando a conclusão do processo.