Saúde
Clima do inverno agrava a possibilidade de doenças respiratórias
por Giana Cunha
Qual a influência do clima na sua saúde? O inverno começou essa semana e a estação aumenta a preocupação com as doenças respiratórias. Ainda mais com tanta umidade, situação que temos registrado nos últimos dias.
A umidade e o mofo aumentam crises respiratórias. Nós conversamos com a médica pneumologista Flávia Marzola, que reforça que o clima realmente faz com que essas doenças aumentem e alguns cuidados devem ser tomados para evitar crises.
Segundo ela, muita variação de temperatura, vários dias de chuva e umidade, resultam na proliferação de mofo e ácaro, por exemplo, que são alguns dos fatores que desencadeiam processos inflamatórios nas vias aéreas. Isso propicia sintomas como produção de muco, tosse entre outros.
Quem tem alergia crônica, rinite, sinusite e asma, pode ter ainda mais impactos por conta dessas alterações no clima.
O grande problema da persistência destas condições de chuva e umidade é a dificuldade de limpeza dos locais e manter os ambientes ventilados.
Prevenção
A médica ainda orienta a necessidade de hidratação, mesmo em dias mais frios, beber água e aumentar a ingestão de líquidos, assim como a lavagem das vias aéreas é importante para evitar os processos infecciosos, além é claro de evitar aglomerações e ambientes pouco arejados.
Flávia recomenda a imunização com a vacina da influenza, disponível na rede pública de saúde e também em clínicas particulares, para diminuir o agravo dos sintomas e evitar a circulação dos vírus.
Asma
O tratamento básico da asma é feito preventivamente através de inalação, com às vezes utilização de broncodilatadores associados a corticóides, com o intuito de reduzir a inflamação.
Mas a preocupação é constante, inclusive na última sexta-feira, 21 de junho aconteceu o Dia Nacional de Controle da Asma, como forma de alerta, já que a doença não tem cura.
No Rio Grande do Sul, foram desenvolvidos por pesquisadores da Santa Casa de Porto Alegre, medicamentos injetáveis, alguns disponibilizados pelo SUS, aos pacientes de asma. O imunobiológico evita crises de falta de ar, e ajudam a reduzir a quantidade de aplicações das bombinhas, mais tradicionais na administração das doses. O medicamento é aplicado de forma subcutânea ou intravenosa a cada 30 dias.
Flávia explica, que estes novos medicamentos, não são recomendados para todos os tipos de asma. Eles são indicados para complementar o tratamento de pacientes que têm asma grave, que já tratam com os medicamentos tradicionais e continuam manifestando sintomas . É claro, que a necessidade do uso, será avaliada pelo médico.
A pneumologista reforça que 5% dos pacientes asmáticos têm asma grave. E que inicialmente os imunobiológicos são permitidos para maiores de 18 anos. Agora, estudos estão sendo realizados para verificar a utilização também em crianças que desenvolvem a forma grave da doença.
{AD-READ-3}Na Farmácia Popular, são distribuídos, gratuitamente, remédios para controle da asma. Com a receita e indicação emitida pelo profissional de saúde.
Anualmente, 80 mil hospitalizações são realizadas por pacientes com asma. O total de óbitos, segundo a Sociedade de Pneumologia, é de cerca de 2,8 mil — uma média de oito mortes por dia.