Segurança
Mais de 2,5 mil ocorrências registradas este ano, em Bagé, foram por golpes
por Rochele Barbosa
O delegado Caio Imamura, que está a frente da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), relatou, esta semana, que os números de ocorrências relativas a golpes, como fraudes e estelionato, já representam cerca de 60% das ocorrências efetuadas ao longo de 2024. Com mais de 5 mil registros desde 1º de janeiro, entre 2,5 mil e 3 mil seriam desses casos, sejam consumados ou tentados.
“A Polícia Civil atua no combate, com publicações e informações em suas redes socias a respeito dos principais golpes, com dicas de prevenção. Atua também após o crime cometido, no qual se faz necessário a partir do registro de ocorrência pela vítima, juntar e organizar todas as informações fornecidas. Com base na documentação, se faz pedidos judiciais e extrajudiciais de rastreio e quebras de sigilos na perseguição do suspeito”, explica.
Imamura ressalta, ainda, algumas dicas, informando que a melhor maneira de combate a esses crimes é a prevenção, conscientização da vítima e a devida responsabilização dos criminosos. “Os golpes são inúmeros. Os criminosos inovam todos os dias, em todos os casos. A dica é: desconfie, 'quando a esmola é demais, o santo desconfia'. É o golpe do robozinho do pix em que a pessoa investe 100 e recebe 1.500. O carro na metade da tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Ecônomicas)”, exemplificou.
De acordo com o delegado, há diversos tipos de golpes. “Os criminosos adquirem ‘pacotes de dados’ no mercado negro, geralmente decorrentes dos vazamentos de bancos de dados que geralmente, começa assim: 'Oi, este é meu novo número. Pode apagar o antigo, por favor?', deve-se sempre ligar para a pessoa, falar com ela. Em todos os casos, a dica é: desconfie”, alerta.