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Memórias & Afetos

Livro 826 - Registro de marcas e sinais

Em 22/03/2024 às 07:00h

por Redação JM

Livro 826 - Registro de marcas e sinais | Memórias & Afetos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Acervo Museu Dom Diogo de Souza

"Quando fui desafiado a criar um texto sobre o Museu Dom Diogo de Souza, sobre minha ligação com essa importante entidade da nossa Bagé, fiquei com um pouco de medo, confesso.

O Museu faz parte da minha vida, não apenas daquelas visitas na infância, mas é um local que eu realmente frequento. Moro há 12 anos em Porto Alegre e sempre que estou em Bagé, visito o Dom Diogo (perdoem-me a intimidade).

É lá que eu levo os escritores que trago para a cidade para participarem do Festfronteira Literária, é ali que pesquiso histórias e imagens para enriquecer meus livros, é aquele prédio imponente que mostro orgulhoso a preservação história da nossa cidade.

Um Museu dessa envergadura e com esse acervo não é para qualquer lugar. São poucas cidades do Brasil que possuem um museu como o nosso.

Mas o desafio era a ligação com alguma peça do museu, algo que eu tivesse um carinho especial. Ainda esses dias, estive pesquisando os livros de Marcas e Sinais em busca da Marca da Cruz: a marca mais antiga da família Silva Tavares e que, por generosidade de uma prima, acabou ficando no meu nome.

Mas antes dessa marca história chegar nas minhas mãos, ela passou por grandes personalidades da nossa história.

O jovem soldado José da Silva Tavares, que fazia parte do corpo de dragões do Rafael Pinto Bandeira, estabeleceu-se em Herval em depois da queda do domínio Português da Colônia do Sacramento.

Em 1783, José comprou a estância Bom Jardim em Herval e passou a utilizar a Marca da Cruz para sinalizar seus animais.
Em 1818 a marca passou, por herança, para o seu filho João da Silva Tavares, que a utilizou primeiro no Taquari e depois da Revolução Farroupilha no Cerro Alegre.

Em 1872 a marca passou para o filho Joaquim, que utilizou no Cerro Alegre e Pirai, até 1900. Em 1907 a marca passou para Eduardo da Silva Tavares, que nunca a usou, reservando ao filho José da Silva Tavares, que a registrou em 1924 e utilizou no Espantoso. Em 1984, a marca passou para José Augusto Burlamaque da Silva Tavares, pai da minha prima e amiga de anos Maria Augusta da Silva Tavares, que no falecimento do pai herdou a famosa Marca da Cruz.

Por um acaso do destino, desses sem explicação, mas com um sentido claro (ao menos para mim), a minha prima me chamou e disse:” Primo, tenho um presente pra ti - a Marca da Cruz vai estar bem representada nas tuas mãos”.

E assim, mais de 200 anos depois de criada, a Marca da Cruz acabou vindo para outro galho da nossa família, justamente nas mãos desse escritor, nas mãos que contam a história da nossa cidade em livros como Carancho, Andarilhos e outros.

Visitem nosso Museu Dom Diogo de Souza!"

 

Texto de Rodrigo Tavares, advogado e escritor.

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