SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Palestra com Zeca Brito trata sobre Cinema, Ciência e Tecnologia
Bajeense falou sobre o poder do audiovisual na construção de conhecimento da sociedade
por Redação JM
por Róger S. Nobre
Acadêmico de Jornalismo
Um dos eventos que marcou o segundo dia da 20ª Semana de Ciências e Tecnologia e do Congrega Urcamp foi a palestra do cineasta bajeense Zeca Brito, realizada na noite de terça-feira, dia 19, quando ele debateu sobre a importância do Audiovisual - sobretudo meios de comunicação jornalísticos e cinema - na construção de percepção da população. Na ocasião, também foram apresentados dois curtas-metragens do diretor: “Tudo dentro da normalidade” (2018) e “Aos Pés” (2010).
“Acredito que seja um momento de retomada do audiovisual, como um vetor estratégico para o desenvolvimento do país. Há uma consciência da parte do poder público, como da própria indústria audiovisual, da necessidade de uma produção que seja representativa de todas regiões brasileiras, de todas realidades sociais e culturais”, destacou o cineasta.
Brito ainda abordou sobre a importância do Festival Internacional de Cinema da Fronteira, que acontece em Bagé e conta, em todas as edições, com a participação da Urcamp através dos cinejornais produzidos pelos alunos do curso de Jornalismo. “O Festival da Fronteira chegar a 15 edições significa bastante para o cenário internacional. É um evento que acontece ano após ano, que dá segurança para os realizadores. Independente da situação em que o país, a América Latina ou até mesmo o mundo esteja vivendo, o festival segue acontecendo, recebendo filmes de todas as nações. A longevidade faz com que ele tenha credibilidade. Chegamos a 15 anos fortalecidos”, comentou.
O cineasta ainda abordou aspectos da produção cinematográfica na região. “O cinema da fronteira, feito aqui em Bagé, na região do Pampa Gaúcho, é único. Ele parte da subjetividade que nasce nesse território. Então com as paisagens, com as histórias que aqui acontecem. Ele é local, mas ao mesmo tempo é global, pois para o mundo interessa a nossa realidade. É muito importante acreditar na produção regional e dar espaço para ela. O Festival só nasceu porque Bagé tem uma produção muito pulsante que encontra como janela o Festival para ser exibida”, concluiu Brito.