Universo Pet
Ser voluntário
por Giana Cunha
Vamos, nesta edição, conhecer a história da Anaí Pereira e já, já a gente explica o porque dela estar aqui no Universo Pet. Antes, vamos falar sobre voluntariado. A ação voluntária contribui para ajudar, resolver problemas, além de melhorar a qualidade de vida da comunidade.
Aquele que se compromete com um trabalho, ou assume a responsabilidade de uma tarefa, sem ter a obrigação de o fazer é voluntário. Mas esse trabalho vai além da dedicação, na maioria das vezes é movido pelo amor. E é aí que entra a nossa personagem de hoje.
Há dez anos, Anaí se dedica ao resgate, ao cuidado e em providenciar um lar para animais abandonados. Mas, o amor dela pelos bichinhos vem de muito antes. Com apenas 5 anos, ganhou o primeiro gato e foi amor a primeira vista. Entre caninos e felinos, ela preenche sua rotina.
Na casa dela, peças adaptadas para receber com muito carinho aqueles bichinhos que foram descartados: hoje são 30 gatos, alguns bebês que, depois de tratados, serão encaminhados para adoção responsável.
E os cuidados e custos não são poucos. Ela levanta cedo, para começar o trabalho: limpar as caixas de areia, o local onde eles dormem, organizar a alimentação e água. Os bichinhos aproveitam o momento para desfrutar do pátio.
Muitos “hóspedes” acabam precisando de cuidados especiais, como em caso de alguma doença ou até para a recuperação do pós-operatório da castração, que ela não abre mão. Pelo menos duas vezes por dia, essa é a rotina de cuidados.
E como manter essa turma que garante os dias cheios de Anaí? Com ajuda, é claro. O Núcleo Bageense de Proteção aos Animais é parceiro, prestando assistência veterinária e outras orientações. E a comunidade também se envolve aos pedidos de socorro da voluntária, que recebe auxílio, muitas vezes, de gente que nem conhece.
Na vida pessoal, ela se divide entre a faculdade e o cuidado com essa turma. Viajar, por exemplo, é praticamente impossível, já que os animais requerem cuidados. Mas a gente percebe que o amor é o que move toda a ação da voluntária, que visivelmente tem o cuidado animal como seu papel devida.
Anaí chama a atenção para a falta de responsabilidade de algumas pessoas em relação ao abandono e maus-tratos com os animais. E é essa preocupação que a faz agir. E a ação vira amor, cuidado e afeto. Ela nos contou que, pela casa dela, nessa década de voluntariado, já passaram aproximadamente 200 animais, a maioria deles gatos.
E toda a ajuda é sempre bem vida ela diz que: “Não precisa ser voluntário pra casa de passagem, mas ajudar nos eventos, ajudar a doar os animais que resgatamos. Tem tantas formas de ajudar.”
{AD-READ-3}Apesar das dificuldades, encontrou o propósito de vida: primeiro cuidar por amor e depois tratar, já que estuda Medicina Veterinária. Um coração imenso, com sentimento de missão cumprida, a cada bichinho que vai encaminhado para a adoção.
E ela reforça: “Cada animal que passa por aqui e vai embora, fico com a certeza que fiz o melhor e com saudade de cada um deles”. Um trabalho do bem. Anaí é exemplo de amor, cuidado e superação. E toda a dedicação retorna como alegria de cumprir essa missão de salvar vidas.