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Memórias & Afetos

Memórias & Afetos

Em 18/01/2024 às 00:21h

por Redação JM

Memórias & Afetos | Memórias & Afetos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Divulgação

Talheres de prata

Entrada no museu: 2023

Doação: Bernadete Nicoloso

 

Há muitos anos existem os talheres de prata e são conhecidos pela peculiaridade de sua história envolvendo veneno. Na era medieval, o estanho se popularizou por ter uma aparência requintada, passando a ser usado na fabricação de pratos, talheres e copos, porém se oxidava facilmente na presença de certos alimentos, e, muitas pessoas foram envenenadas durante suas refeições. Por sua vez, a prata se tornou conhecida por oxidar em presença de venenos. Em épocas de conflitos, o uso de talheres e taças de prata se tornou uma medida de segurança, pois oxidaria ao entrar em contato com venenos.

 

Por: Bernadete Nicoloso

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“Na época de meu casamento, 1963, era costume os convidados enviarem os mais diversos presentes de prata aos noivos. Geralmente, eram comprados na Casa Grillo, loja considerada na cidade a de gosto mais refinado e que oferecia grande variedade de escolhas. Entre os presentes recebidos, esses talheres de prata resistiram ao tempo e se conservaram como novos. Então, pensei, por que não doar ao acervo do Museu Dom Diogo de Souza, para que mais olhos vissem e apreciassem as coisas lindas de um tempo? E logo tive a primeira resposta quando, ao visitar um Museu em outra cidade, meu sobrinho neto Mateus, disse: o Museu de Bagé é muito melhor, tem os talheres da nossa família, da Tia Dete. E gostaria, também, que os novos olhares soubessem que esses talheres fizeram parte de um dos dias mais felizes da minha vida, dia em que casei com José Fernando Paiva de Castro”.

 

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