Memórias & Afetos
Memórias & Afetos
por Redação JM
Por: Ernani Urdaniz Deiro
“Já foi dito que morremos pela segunda vez quando morre a última pessoa que nos guardava na lembrança. Mas um Museu, ao preservar a memória das pessoas, dos fatos, das coisas, preserva também a vida ao evitar essa ‘segunda morte’. Longa vida ao Museu Dom Diogo!
Francisco Deiro
Luigi Francesco Deiro (que no Brasil aportuguesou seu nome para Francisco Deiro) nasceu no norte da Itália (Lombardone, comuna de Torino, Piemonte) em 1871. Chegou ao Brasil em 1894, trabalhando em Rio Grande numa marchanteria e fábrica de embutidos de um tio. Lá conheceu e casou com Margherita Redaelli (italiana de Milão, Lombardia), vindo logo após para Bagé, em 1896. Aqui se estabeleceu no Mercado Público (face sul, hoje rua General Sampaio) com pequeno armazém e restaurante, sendo também ecônomo do antigo ‘28 de Setembro’, até seu incêndio. Progredindo, mudou-se para a rua Barão do Triunfo (quadra entre as atuais Juvêncio Lemos e Bento Gonçalves), onde manteve grande armazém (varejo e atacado) de secos e molhados, com engarrafadora de vinhos. Expandiu seus negócios com comércio de materiais de construção e ‘barraca’ de couros, em imóvel adquirido na rua Caetano Gonçalves, junto à Viação Férrea, e ainda com uma olaria na antiga Vila Industrial. Faleceu em 1931, tendo o armazém continuidade com seu genro Pedro Gonzales, e o comércio de materiais de construção e olaria com seu filho Segundo Deiro, ao qual se juntaram sucessivamente os filhos João Deiro e mais tarde Mário Deiro.