Memórias & Afetos
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Tombo - 47/23 Caixa registradora da loja Casa Rodriguez, que ficava localizada na avenida General Osório, com Salgado Filho. Inaugurada na década de 40, pertencia a Martimiano Rodriguez Baisón. Era especializada em botas de montaria, de fabricação própria. Oferecia ainda malas de viagem, chapeleiras, bombas de alpaca, prata e ouro. Doação: Heloísa Not Rodriguez
por Redação JM
"O prédio em que hoje é o Museu Dom Diogo de Souza, já foi, em outras épocas, o Hospital de Beneficiência Portuguesa, vinculado à Sociedade Portuguesa de Beneficiência de Bagé. Atualmente, funciona como museu de nossa cidade e abriga o acervo da memória de nosso município.
A caixa registradora da casa Rodrigues é um dos itens que faz parte do acervo em questão. Antigamente, era usual, que os grandes comércios possuíssem uma caixa registradora rebuscada, isto é, algumas eram verdadeiras obras de arte, em ferro trabalhado e ornamentadas com mármore, pois, além de sua função óbvia, agregavam status ao comércio que a possuísse.
A caixa registradora da casa Rodrigues é de ferro preto e possui uma aba em mármore branco. Ela fez parte da história deste comércio desde a época de sua fundação e, durante os cinquenta anos em que o comércio existiu, ela esteve em funcionamento.
O dono e fundador do comércio era um uruguaio, meu pai, Martiniano Rodriguez Baisón. Ele sempre trabalhou e honrou nossa cidade, por isso, nada mais justo, que agora este objeto que significa tanto para nossa família, esteja integrando o acervo deste Museu tão importante para todos os bajeenses. É a forma que encontrei de retribuir tudo que esta cidade significou para meu pai e nossa família.
Obrigada Bagé e obrigada Museu Dom Diogo de Souza por resgatar e guardar a memória de nossa cidade!"
Texto: Heloísa Not Rodríguez