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Memórias & Afetos

Memórias & Afetos

A cada semana, uma nova peça do acervo do Museu Dom Diogo de Souza será destacada acompanhada pelas palavras de um familiar. Cada história compartilhada é uma janela para o passado, um presente para o presente e uma herança para o futuro, criando assim um laço afetivo entre as famílias, a comunidade e as gerações vindouras, inspirando conexões humanas significativas.

Em 30/11/2023 às 07:00h

por Redação JM

Memórias & Afetos | Memórias & Afetos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Acervo Museu Dom Diogo de Souza

A Balança do Bianchetti

"O símbolo da balança consegue ser mais antigo que toda civilização ocidental, ela já era representada no Egito antigo para que no além vida os deuses pudessem pesar as almas dos mortos, assim estes entrariam ou não na representação de paraíso na mitologia daquela fascinante cultura.

No ocidente se usa como símbolo de justiça, uma estátua de mulher com os olhos vendados com uma balança na mão erguida, demonstra o equilíbrio que deve haver entre as duas partes numa contenda.
No Restaurante Esquina Bianchetti havia uma bem antiga e linda. Ela fora trazida junto com diversos utensílios dos outros empreendimentos da família. Já passara pela Confeitaria Lama, na Praça da Estação, que depois viraria Fábrica Lama, na Barão do Triunfo, a próxima casa seria a Padaria e Confeitaria Concórdia, para finalmente ser colocada no setor interno da padaria do Bianchetti. Havia também uma grande batedeira industrial que o pote era de cobre maciço, pena não ter sido preservada, mas foi tudo vendido com o fim do restaurante em 1988.

Com seus grandes pratos de bronze o instrumento de pesagem era utilizada para medir a quantidade de farinha e fermento na manufatura do pães e massas. Ao se fechar o local definitivamente eu disse para minha mãe: “a balança e o quadro do Glênio que fica no salão da padaria são meus”. E ela aflita por dar destino em tanta coisa daquele enorme lugar foi logo concordando.

Nos últimos anos do meu pai, que já estava morando em São Gabriel, o quadro foi oferecido ao Museu Dom Diogo em seu nome. Ele adorou enviar para Bagé algo precioso para demonstrar seu amor pela Rainha da Fronteira. E se o Louvre em Paris tem seus Da Vinci com a Mona Lisa atraindo multidões, o Dom Diogo, por nossa intervenção, tem um Glênio Bianchetti monumental. Com seus traços modernos, mostra um peão socando o pilão: é o arquétipo do gaúcho trabalhador da nossa terra.

Em 2018, se lançou o livro “ A Minha Esquina Volume I”, dentro da impecável estrutura do Museu Dom Diogo. No final daquela noite memorável, eu disse para a Maria Luiza Pêgas, que a louça branca com o monograma do Bianchetti ficaria para ser exposta, mais a balança. A satisfação das coordenadoras foi unânime.

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No novo lançamento de “ A Minha Esqueina Volume 2 “, em 2022, lá estavam todos os apetrechos reunidos do Restaurante Esquina Bianchetti para decorar o ambiente e contar uma parte  história de Bagé. E confirmo o orgulho que isso me deu ao termos feito parte da grande recepção no anexo cultural onde está o Museu da Gravura. Momento que pontificou o casal Luiz Carlos Trabucco Cappi, presidente do conselho do Banco Bradesco e sua esposa Lucília Diniz. Ele veio de São Paulo décadas depois do fechamento do ciclo do Bianchetti porque algo o tocara profundamente no local que era a minha casa.

Morando há mais de duas décadas em São Gabriel, peço aos conterrâneos bajeenses para serrar fileiras em defesa do Museu Dom Diogo de Souza. Não permitam uma barbaridade que vai ferir a jóia que temos, que conta a história da cidade, da fronteira e encanta a tantos visitantes.  #museudomdiogofica"

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