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Opinião

Bagé: Capital Farroupilha

Em 30/09/2023 às 07:00h

por Redação JM

Bagé: Capital Farroupilha | Opinião | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Arquivo Pessoal

A região de Bagé sempre foi importante para os farrapos, tendo momentos de destaque na história da guerra. Além de ser o local da Proclamação da República Rio-Grandense, também foi palco das festas de paz. No início da Revolução Farroupilha, Bagé era um vilarejo com poucas casas e ranchos em torno da Capela de São Sebastião, quando eclodiu o movimento revolucionário em 1835. Por um tempo, a rainha da fronteira, foi marcha para os imperiais e também para os farrapos.

Após a Proclamação da República Rio-grandense nos campos de Seival, no município de Bagé, foi instaurada no dia 6 de novembro de 1836, em Piratini, a primeira sede e capital dos farrapos. As ocorrências da guerra fizeram com que a 9 de janeiro de 1839, se deliberasse a mudança da capital para um ponto mais central, sendo designada a Vila de Caçapava para sediar o governo da República. A tomada de Caçapava pelos imperiais em 21 de março de 1840, obriga o governo a se retirar da vila, para logo retornar e ver os prejuízos causados pelo invasor. Isso faz com que os farrapos comecem a correr mais riscos, com o avanço dos imperiais na Região da Campanha.

Até 23 de março de 1840, a capital permaneceu em Caçapava, mas a partir de então, a sede do governo, passou a ser o lugar onde estava o Tesouro. Por algum tempo a capital farroupilha ficou ambulante, voltou para Piratini, onde esteve em diversos pontos da república até chegar em São Gabriel. Nos primeiros dias do mês de agosto de 1841, a capital ficou em Bagé, onde Domingos José de Almeida, no Ministério da Fazenda, passa a tomar as providências para reorganizar o que se havia extraviado e perdido nessas andanças. Chega a instalar a tipografia e encomenda tipos de imprensa e óleo de linhaça para a tinta dos prelos, a fim de que volte a circular o órgão de informação da república. Em 15 de dezembro de 1841 a tipografia estava pronta, sendo instalados em Bagé, todos os serviços públicos dos ministérios.

Não só isso comprova ter sido Bagé capital da República Rio-grandense, mas o processo de justificação requerida por Domingos José de Almeida perante o Juízo dos Feitos da Fazenda Nacional, assentadas com data de 16 e 18 de março de 1842, que dizem “nesta Capital de Bagé ou “nesta Capital de São Sebastião de Bagé”. Por outro lado, há uma variada correspondência datada de Bagé dirigida por Bento Gonçalves da Silva, como presidente da República e por ele respondida na mesma data, demonstrando sua atuação aqui no exercício do cargo mais alto, durante este período que
vai de agosto de 1841 até abril de 1842.

Bagé ficou capital, devido à ocupação de São Borja pelos imperiais, fazendo com que Alegrete, naquele momento, não oferecesse as condições de segurança adequada. Por isso que, a partir de 10 de julho de 1841, é deliberado sediar o Governo Republicano na Povoação de Bagé, e passam a se tomar as providências necessárias. Após a saída da Capital Farroupilha de Bagé, a região entrou diversas vezes em conflito entre farroupilhas e imperiais. Contudo, em Bagé, estava grande parte da cavalhada farrapa, fazendo com que a região ficasse sobre domínio farrapo grande parte da revolução.

Oficialmente, existem três capitais farroupilhas que são Piratini, Caçapava e Alegrete, sendo Bagé considerada capital transitória, assim como São Gabriel. Depois de Bagé, a capital da República Rio-Grandense se instalou em junho de 1842 na Vila do Alegrete. No dia 25 de fevereiro de 1845, quando todos os exércitos se concentraram nas proximidades de Ponche Verde, foram assinadas as atas que encerravam a mais duradoura revolução civil do Brasil. No dia 2 de março, no meio do entusiasmo do povo, entrava Duque de Caxias em Bagé, sob arcos triunfais.

A Revolução Farroupilha, que teve acontecimentos importantes em Bagé, como a proclamação da república, também acolheu uma capital que por muito tempo fora esquecida, mas ainda permanece viva em nossa história.

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Referências:

FLORES, Moacyr. História do Rio Grande do Sul, 1985
TABORDA, Tarcísio Antônio Costa. Hernandes, Elida (Org). Bagé de Ontem e de hoje, 2015

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