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Esportes

Avante, jalde-negro, para a Divisão de Acesso!

Em 13/09/2022 às 15:21h
Yuri Cougo Dias

por Yuri Cougo Dias

Avante, jalde-negro, para a Divisão de Acesso! | Esportes | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Andrei converteu pênalti que decidiu resultado - Gabriel Xavier/Especial JM

"Avante, jalde-negro, de Bagé! Mostra tua força, que a torcida leva a fé”. E foi assim, inspirado no hino oficial, que o Abelhão conquistou seu retorno para a Divisão de Acesso em 2023. Sem poder jogar no estádio Pedra Moura, a torcida Fúria Jalde-Negra e demais fanáticos pelas cores amarelo e preto de deslocaram para o estádio Bento Freitas, em Pelotas, na tarde de domingo, dia 11, para ver uma sofrida vitória sobre o Rio Grande, pelo jogo de volta da semifinal da Terceirona. Depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal, o jalde-negro venceu o adversário, nos pênaltis, por 5 a 4.

Quando Andrei acertou a última cobrança, o palco Xavante estremeceu com a emoção do alívio de sair da amarga Terceirona. O estádio, que tem cores vermelho e preta foram convertidas para o amarelo e preto do Abelhão. A felicidade de comemorar uma campanha marcada pelas dificuldades de não poder jogar em casa, acarretando em diversos custos, foi ainda maior. Mesmo assim, conseguiu um retrospecto de 10 jogos, com sete vitórias, dois empates e uma derrota; com 32 gols marcados e três gols sofridos. Nos retrospectos individuais, o goleiro Josemar Fernandes, o menos vazado, e Maike (oito gols), o goleador da competição.

Com o resultado, o jalde-negro também está garantido na final e terá como adversário o Monsoon, que venceu o São Borja, por 2 a 0, no Parque Lami, em Porto Alegre. O confronto de ida será no próximo domingo, 18, às 15h, com local a ser definido (mando de campo do Bagé). O duelo de volta, no dia 25, também domingo, às 15h, no Parque Lami, em Porto Alegre.

“O Bagé tem sua identidade de volta”, destaca Leco

Após quatro anos sem trabalhar com futebol profissional, as desconfianças pairavam em volta de Paulo Afonso Coelho (Leco). Adjetivos jocosos, como “ultrapassado” eram utilizados com frequência nos arredores do Pedra Moura. Talvez essa era a similaridade entre Leco e Sabella: a desconfiança. No caso do presidente, o fato de ter vindo do rival Guarany, algo inusitado no futebol brasileiro. Ciente desse clima, Leco se apegou a um problema que o Bagé vinha enfrentando nas últimas duas temporadas, a falta da identidade da cidade. E assim, confiou em meninos pratas da casa e jogadores que também eram vistos como desacreditados e chegou ao principal objetivo da temporada.

Na semana que antecedeu o jogo decisivo, Leco argumentou, em entrevista ao Jornal Minuano, que quem errasse menos sairia vitorioso. E disse mais: o fator psicológico também seria preponderante para obtenção da vaga para a Divisão de Acesso. “Desde o início, tivemos determinação e qualidade para buscarmos nosso objetivo. O principal motivo eu diria que foi reconquistar a identidade. Tínhamos de 11 a 12 jogadores da cidade, alguns deles desacreditados e outros que apenas precisavam da oportunidade para mostrarem seu potencial”, salienta.

Em relação à partida, Leco afirma que o resultado foi consequência de muitos treinamentos, inclusive, nas cobranças de pênalti, ao qual os jogadores jalde-negros converterem as cinco da série. “Trabalhamos muito o psicológico. Foi um jogo muito difícil, em que tivemos dificuldades. Porém, conseguimos reagir. Dedico esse resultado, também, ao presidente Sabella, que trabalhou incansavelmente, fazendo o melhor para fornecer alimentação de qualidade, viagens antecipadas e sempre presente à disposição dos atletas. Agora, vamos manter o foco, pois temos um título em jogo para buscar”, completa Leco.

Falando, ainda, da comissão técnica, Leco teve o suporte de profissionais que também fizeram a diferença. Na preparação de goleiros, Sandro Islabão foi o responsável pelo trabalho com Josemar Fernandes, o goleiro menos vazado da competição. E na preparação física, Sílvio Rogério da Silva se dedicou ao trabalho fisiológico que, aliás, foi fundamental para o desempenho técnico. Na campanha até o Acesso, o plantel jalde-negro não teve problemas com lesões, o que garantiu ao técnico Leco uma sequência de time e entrosamento. Alguns jogos também foram decididos nos minutos finais, o que comprova o valor do trabalho físico. Nesse aspecto, também ressalta-se o suporte do auxiliar Patrick Borba e do massoterapeuta Cláudio Narval, envolvido na recuperação dos atletas.

Sabella: um trabalho dedicado aqueles que não acreditavam

Na primeira entrevista que Sabella forneceu após ter assumido à presidência jalde-negra, teceu a seguinte declaração: “Vou trabalhar para aqueles que não acreditam no meu trabalho”. A frase refletia um sentimento parecido com o de Leco: o da desconfiança. E esse clima estranho era até natural, haja vista que Sabella tinha sido presidente do rival. Contudo, amparado no sentimento familiar, do seu pai Bexiga, que foi ídolo com a camisa jalde-negra, Sabella iniciou um trabalho de recuperação de um clube com diversas dificuldades financeiras, sem um elenco e com problemas no estádio, que aliás, não foi liberado até agora.

Sem ninguém para assumir diretamente, Sabella encarou a empreitada, e buscando ajudas de um de outro na cidade, montou um time com salários bem abaixo do que vinha ocorrendo na última temporada, mas com a promessa de que o dinheiro fosse depositado em dia. E assim aconteceu. Para iniciar a montagem do elenco, iniciou com a realização de um peneirão, com ênfase nos jogadores da base e do futebol amador.

Posteriormente, foi atrás de peças pontuais. Nisso, vieram o goleiro Josemar e o lateral Kevin, que estavam na cidade, mas não jogavam há três temporadas; o lateral esquerdo Diego Saraçol, jogador local, mas que vinha atuando por outros estados; Andrei e Fabrício Jardim, também pratas da casa; e claro, o zagueiro Ilson, o capitão, e que desde 2017, se dedica a entrar em campo no bairro Menino Deus. A espinha dorsal estava formada, e depois disso, chegaram de fora acréscimos pontuais, que fizeram a diferença. Nisso, se exemplifica o zagueiro Matheus, autor do gol que levou para os pênaltis; os volantes Ben-Hur e Alan, marcados pela constante movimentação; o meia Jean Roberto, responsável pela criação no meio; e o centroavante Maike, artilheiro da Terceirona, com oito gols marcados.

Se vai ser campeão ou não, a história é outra. Se o Bagé conseguirá ou não se manter na Divisão de Acesso de 2023, também é outro assunto. Mas o fato é: além do fato inusitado da presidência, Sabella e o demais corpo diretivo envolvido consegui reerguer à identidade jalde-negra.

 

FICHA TÉCNICA

BAGÉ (5) 1X1 (4) RIO GRANDE

Terceirona – Semifinal (volta)

11 de setembro de 2022 – Domingo – 15h

Estádio Bento Freitas (Pelotas)

 

BAGÉ – Josemar, Robson Dutra (Diego Saraçol), Matheus, Ilson e Kevin (Alex); Ben-Hur (Rômulo), Alan, Robinho (Fabrício Jardim), Jean Roberto e Andrei; Maike. Técnico: Paulo Afonso Coelho (Leco).

RIO GRANDE – Samuel, Matheus Ferreira, Léo Salles, Leonardo e Christian; Júlio, Melo, Rafinha, Christoffer e João Pedro (Luiz Eduardo); Arthur. Técnico: Cláudio Júnior.

ARBITRAGEM – Francisco Soares Dias, auxiliado por Matheus Olivério Rocha e Conrado Bittencourt Berger. Marcelo Oswald Bitelbron (4º árbitro).

GOLS – Matheus (32 min/2º t, Bagé); Rafinha (40 min/1º, Rio Grande);

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AMARELOS – Andrei, Ilson, Jean Roberto, Diego Saraçol, Maike (Bagé); Matheus Ferreira, João Pedro (Rio Grande)

VERMELHOS – Jean Roberto (Bagé); Rafinha, Léo Salles (Rio Grande)

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