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Candiota e Hulha Negra - 30 anos

Usinas simbolizam transformações que modificaram indústria da energia

Em 24/03/2022 às 23:00h

por Redação JM

Usinas simbolizam transformações que modificaram indústria da energia | Candiota e Hulha Negra - 30 anos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Candiota I é tombada como patrimônio industrial do Rio Grande do Sul / Foto: Yuri Cougo Dias

A trajetória de evolução do processo de geração de energia elétrica por usinas térmicas movidas a carvão passa inevitavelmente por Candiota. “Um país não se pode industrializar, não pode sequer superar as condições primárias do seu atraso, sem que nele o trabalho disponha de equipamento energético, característica da civilização moderna”, disse o presidente da República, João Goulart, ao dar o primeiro passo no sentido do estabelecimento de um setor que impulsionaria o desenvolvimento da região da Campanha gaúcha, com a inauguração da Candiota I, em dezembro de 1961.

Pioneira na utilização do carvão mineral como fonte para a geração de energia no Pampa, Candiota I foi desativada em 1974, com a inauguração da Candiota II, e tombada como patrimônio industrial do Rio Grande do Sul, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 2013. O tombamento considera o valor artístico e de referencial urbano. Também foram tombadas a volumetria original de todos os edifícios, a modenatura das fachadas e vãos de todas as edificações, as esquadrias externas, a cobertura original e os detalhes construtivos que caracterizam a concepção original do complexo, restaurado para abrigar um centro cultural.

De acordo com o Iphae, o conjunto (de Candiota I) reúne valores que qualificam a arquitetura industrial, de tendência modernista, introduzindo na região um fazer arquitetônico com tecnologia construtiva já presente em centros mais industrializados. A unidade operava com três caldeiras aquatubulares e dois turbogeradores de 10 MW. Antes de ser consumido, o carvão passava pelo processo de pulverização. A cinza proveniente da termelétrica cobria quintais e telhados. O cenário mudou com mudanças introduzidas pela legislação e pela ação da tecnologia.

Quando Severino Rudes Moreira, 68 anos, deixou Santana da Boa Vista, a operação de Candiota I estava sendo encerrada. O início da operação de Candiota II, Fase A, unidade onde trabalharia até se aposentar, inaugurava um novo período industrial, que evoluiu com a Fase B, nos anos 80, a Fase C, em operação desde 2011, e a UTE Pampa Sul, inaugurada pela Engie, em 2019. “Avançou muito em tecnologia, proteção ambiental, qualificação funcional e até na diversificação. Passaram a usar subprodutos, como aproveitamento de cinzas para fabricar cimento. A recomposição do solo minerado se tornou mais eficiente. Também reduziu muito a emissão de cinzas e gases na atmosfera, com qualificação do sistema de filtragem”, enumera.

Espalhadas pela cidade, estações de monitoramento da qualidade do ar formam redes que permitem às usinas verificar de forma contínua as emissões atmosféricas. Na operação da Fase C da CGT Eletrosul, por exemplo, as medições são registradas a cada hora e os dados são transmitidos em tempo real para o Ibama. Para o controle das emissões atmosféricas e de efluentes líquidos, a termelétrica conta com queimadores de baixa emissão de óxidos de nitrogênio, filtros eletrostáticos e um sistema de dessulfurização de gases, além de duas plantas de reaproveitamento de efluentes (sanitário e industrial), bacias de contenção e tratamento de efluentes pluviais e sistema de reaproveitamento de efluentes líquidos.

Moreira atribui às usinas papel crucial para o desenvolvimento de Candiota. “Têm importância total, afinal, é através delas que se dá o progresso do município, a geração de empregos. Acho que Candiota existe e é esse lugar maravilhoso que é, justamente pela existência das termelétricas. Foi a produção de energia que transformou Candiota em uma potência econômica, além de ser o melhor lugar para usina térmica, por estar em cima das jazidas e carvão”, salienta.

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