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Candiota e Hulha Negra - 30 anos

“Candiota tem dois corações, que são nossas usinas”, define Folador

Em 24/03/2022 às 08:05h

por Redação JM

“Candiota tem dois corações, que são nossas usinas”, define Folador | Candiota e Hulha Negra - 30 anos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Folador não foge ao debate, definindo o carvão como ouro negro / Foto: Yuri Cougo Dias

Enfático na defesa do mineral que confere à cidade de Candiota o status de capital nacional, o prefeito Luiz Carlos Folador, do MDB, esbanja conhecimento técnico acerca de processos e estatísticas que envolvem a complexa cadeia produtiva do carvão. E o chefe do Executivo também sabe simplificar o discurso, recorrendo à uma analogia que ilustra muito bem a importância do recurso para o município. “Candiota tem dois corações, que são nossas usinas. Um é a CGT Eletrosul e o outro é a Pampa Sul. Para que possam pulsar e gerar energia, estes corações precisam de sangue. E o sangue que circula pelas veias das termelétricas é o nosso carvão, que é o que faz com que Candiota exista como cidade”, define.

Ao lado do vice-prefeito, Paulinho Brum, do PSDB, Folador não foge ao debate que ameaça a indústria candiotense, definindo o carvão como ouro negro. “A CRM, instalada aqui, extrai o mineral com muita tecnologia, equipamentos de ponta. Posterior à mineração, regeneram o solo. O mesmo trabalho ambiental é feito pela Copelmi. Na geração de energia, é utilizado cal no processo de dessulfurização. Se formos num dia ensolarado na frente da usina, é como se não estivesse funcionando, porque não tem emissão de material particulado. O que há é emissão de vapor d’água. Estudos atestam a qualidade do ar de Candiota, monitorada por estações específicas, com controle rigoroso, e também existe todo um cuidado com a água, por parte das empresas. Temos muitos argumentos para defender o setor”, justifica.

Em oposição às diferentes iniciativas que contrariam a perspectiva de exploração do mineral abundante em Candiota, o prefeito observa que o carvão responde por 1,5% da matriz energética nacional, percentual que igualmente emprega para defender a ampliação de sua participação através de projetos ligados ao município. “A população candiotense pode ter certeza de que a vinda de novos empreendimentos, com licenciamento ambiental, acompanhado pelo Ibama, pela Fepam, por todos órgãos de fiscalização, atenderá aos parâmetros de qualidade do meio ambiente. Estamos falando de usinas supercríticas, com tecnologia de primeiro mundo, que geram mais energia com menor quantidade de carvão, e, consequentemente, menos emissões”, argumenta.

Para Folador, o custo com a importação de energia, por parte do Brasil, formalizada por meio de uma rede que conecta o país à sistema do Uruguai, em estrutura construída a partir de Candiota, poderia ser reduzido com a implantação de novas usinas termelétricas no município. “O carvão tem importância estratégia para a matriz energética porque é uma fonte segura. Oferece o que podemos chamar de energia de base, para evitar apagões. Não podemos ter preconceito com a utilização da energia a partir do carvão. Se a Austrália e a China, para citar dois exemplos, usam o carvão, porque nós não podemos continuar utilizando, trazendo novos empreendimentos, com valor mais barato do que a energia gerada pelo gás?”, questiona.

O prefeito também aponta o reflexo do setor para a economia local, estimando que aproximadamente 70% da arrecadação de Candiota provém da geração térmica de energia elétrica e de outros empreendimentos ligados à cadeia produtiva carvão, que envolve o processo de mineração e a produção de cimento com a utilização de cinzas. “Geramos empregos de qualidade, inclusive, para pessoas de Bagé, de Pelotas, Hulha Negra e Pinheiro Machado, que se deslocam para as usinas, para trabalhar nas minas, desempenhar diferentes funções na fábrica de cimento e até mesmo para atuar na Câmara ou na prefeitura, colaborando na construção do nosso município”,

Recursos para infraestrutura, saúde e educação

Mais de 95% da população de Candiota conta com tratamento de esgoto e pelo menos 90% é abastecida com água potável, conforme projeção do Executivo. “O município presta bons serviços graças a arrecadação de impostos. Temos a maior parte das ruas pavimentadas, programas de habitação, apoio aos produtores rurais, tudo graças a arrecadação de impostos”, relaciona Folador.

Parte das receitas oriundas da indústria do carvão é destinada à educação. “Pagamos bolsas para alunos que fazem curso do Senai. Estamos implantando a educação infantil em tempo integral e pretendemos implantar um polo de educação no Centro Cultural da Candiota I. Estamos recuperando um prédio e vamos investir em recursos humanos”, revela.

Entre os investimentos recentes, no campo da educação, estão o refeitório da escola Neli Betemps, no bairro João Emílio, e a usina fotovoltaica da Escola Municipal de Educação Infantil Odete Lazzare Corrêa. O projeto para a instituição, localizada na sede do município, prevê, ainda, a construção de refeitório e seis novas salas de aula.

Recursos estão reservados para um programa de habitação, direcionado ao Seival, para projetos de abastecimento de água, com foco na aquisição de equipamentos, e para a ampliação de serviços na área da saúde, demandada por conta da pandemia de Covid-19, e reforçada com a aquisição de um aparelho de raio-x digital, que opera desde fevereiro deste ano. “A projeção é investir, em dinheiro próprio, R$ 6 milhões, apenas este ano”, projeta Folador.

Um novo caminho para Candiota

Candiota completa 30 anos diante da expectativa de solução para uma demanda histórica. Articulada pelo município, a recuperação do pavimento asfáltico da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC), que interliga os núcleos habitacionais da cidade, será custeada com um investimento superior a R$ 11 milhões, viabilizado através de convênio assinado com o governo do Estado, por meio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

O projeto, que prevê uma contrapartida de R$ 1,8 milhão por parte da Prefeitura, oficializa a municipalização da via, encerrando um movimento marcado por inúmeras paralisações e articulações políticas. “A MAC será feita integralmente, com acostamento, sinalização horizontal e vertical. Serão 15 quilômetros de recuperação da malha que hoje está precária. Num período de oito meses, nossa meta é estarmos com a MAC pronta”, estima Folador.

Pelo menos três propostas de federalização da MAC foram arquivadas em Brasília. A discussão iniciou em 2010, antes da operação da Fase C, quando o senador Paulo Paim, do PT, tentou incluir a via no plano nacional de viação. O petista argumentava que 'a rodovia já não estava adequadamente mantida para o tráfego' e que sofreria 'uma solicitação maior com a ampliação (da usina), aumentando os riscos para veículos de passageiros e cargas'. O então senador Aloysio Nunes apresentou parecer pela inconstitucionalidade em 2014, e, logo, a matéria foi arquivada.

 

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