BA-GUA | 100 ANOS
O Ba-Gua de Paulo Roberto Rocha: "Eu sempre dei sorte de fazer gols em Ba-Guas"
por Yuri Cougo Dias
“Cheguei em Bagé em 1971 e minha história em Ba-Guas é logo no primeiro que disputei. Contavam que, no último, o Bagé tinha perdido por 6 a 0. Além disso, faziam quatro anos sem vitórias. Acerto um chute que raspa na cabeça do Vanil e entra no ângulo. Vencemos por 1 a 0, fui considerado o melhor em campo e ganhei muitos presentes. Ali, o amarelo e o preto entravam com força na minha vida. Eu sempre dei sorte de fazer gols em Ba-Guas. Teve outro onde avancei pela direita e desferi um chute atravessado, encobrindo o goleiro Jorge. Esse outro foi no campo do Guarany. Foi um chute de fora da área, a bola bateu nas costas do Aíta, enganando o goleiro. O Ba-Gua é um jogo especular, dentro e fora de campo. As especulações, as dúvidas nas escalações. E dentro do campo, o ‘couro comia’. É um jogo em que, muitas vezes, extrapolamos. A adrenalina fica a mil e acabamos fugindo do jogo mais bonito, pois discussões e desequilíbrios acontecem. Mas nada é igual”.