BA-GUA | 100 ANOS
Clássico Ba-Gua: um retrato da identidade fronteiriça
por Yuri Cougo Dias
por Yuri Cougo Dias
Na Rainha da Fronteira, há um clássico que cultiva tudo que um gaúcho espera num futebol raiz: jogos históricos, emoção até o fim, paixão transmitida por gerações nas arquibancadas e, deixando o discurso politicamente correto um pouco de lado, as grandes peleias que, às vezes, acabam terminando em confusões. A intenção não é glamourizar pancadarias, mas destacar o quanto o clássico Ba-Gua leva, para dentro de campo, elementos que estão intrínsecos na identidade fronteiriça do município de Bagé.
Por estarem situados na região da Campanha, Bagé e Guarany tiveram influências, também, do estilo que era jogado nos vizinhos uruguaios. Prova disso é a contribuição deles nas principais conquistas dos clubes, cujos detalhes podem ser conferidos em reportagem deste caderno. Assim, construiu-se um jeito peculiar, levando o jogo a um status de guerra a ser vencida, de dividir a cidade ao meio, como sempre ocorreu na história rio-grandense.
Por conta disso, o clássico Ba-Gua transcende a importância de uma partida de futebol. Em razão dessa tamanha representatividade na Rainha da Fronteira, que vai de um jogo até uma manifestação cultural e patrimônio imaterial da cidade. Ainda mais quando se trata de uma história centenária. Sim, neste sábado, dia 31 de julho de 2021, a rivalidade Ba-Gua completa 100 anos de existência, clássico com mais jogos no interior do Rio Grande do Sul.
Para marcar a data, o JORNAL MINUANO traz, aos leitores, um caderno especial, reunindo curiosidades, informações históricas, depoimentos de quem faz parte dessa história e relembrando Ba-Guas que marcaram época. São oito páginas que tentam fazer um breve recorte do que significa essa paixão. Tenham uma boa leitura!