BA-GUA | 100 ANOS
Ba-Guas históricos
por Yuri Cougo Dias
O primeiro Ba-Gua
O primeiro clássico ocorreu em 31 de julho de 1921, no estádio Pedra Moura, e terminou empatado em 2 a 2. Marceló e Chico marcaram pelo Bagé; Lagarto e Cláudio, pelo Guarany.
As escalações foram as seguintes: Bagé (Duarte, Fortunato e Gavino; Aníbal Machado, Guri e Estanislau; Leonardo, Argeu, Chico, Lucídio e Marceló). Guarany (Balverdu, Avancini e Afonso; Souza Pinto, Seixas e Kluwe; Ratão, Saraiva, Greco, Lagarto e Cláudio).
A segunda partida foi em 14 de agosto de 1921, no Estádio Estrela D'Alva. O Bagé venceu pelo placar de 2 a 1, com gols de Argeu e Ruival, descontando Greco para o Guarany, conquistando, assim, a Taça "Antônio Magalhães".
Ba-Gua dos 7 a 0: a maior goleada
Em 1940, o Bagé imprimiu a maior goleada num clássico Ba-Gua (que perdura até os dias atuais): 7 a 0 contra o rival Guarany. A bola utilizada na partida é guardada até hoje como recordação daquele clássico, na sede do clube, e recebeu o apelido de "bola 7".
Gol dos 70 metros
Em 1953, o Guarany tinha como goleiro o lendário argentino Juan Héctor Lugano, considerado uma fortaleza no gol alvirrubro. O zagueiro jalde-negro, João Nascimento, cobrou uma falta antes do meio do campo. A bola voou por todo o Pedra Moura e acabou entrando na meta de Lugano. Foi o gol da vitória do Bagé por 1 a 0, e o gol foi batizado de "o gol dos 70 metros".
Ba-Gua mais curto da história
Houve um clássico que durou apenas 10 minutos: em 18 de setembro de 1941, no Torneio Encerramento, no Pedra Moura. O árbitro Lourival Bueno expulsou de campo o astro jalde-negro Tupan (pai do atacante Tupâzinho) e os protestos de jogadores e dirigentes do Bagé foram enérgicos. Empatado sem gols, o jogo foi suspenso. No dia 1º de outubro, durante sessão da Liga Bageense de Futebol, para julgar os incidentes, o Bagé foi multado em 500 mil réis e Tupan foi suspenso por três partidas.
O segundo Ba-Gua mais curto da história
Foi disputado em 5 de agosto de 1956, no Pedra Moura, em disputa da Taça "Gaspar Silveira Martins". Aos 16 minutos do primeiro tempo, o árbitro Alberto Salgado deu o jogo por encerrado, diante de uma briga generalizada, por conta da marcação de um pênalti contra o Bagé. O escore era de 0 a 0. O Guarany retirou-se do campo sob a alegação da eminência de fatos mais graves e destinou sua parte na renda a instituições de caridade. O Bagé, também em nota oficial, criticou a postura do adversário, dizendo que dirigentes do Guarany invadiram o gramado e determinaram aos jogadores que deixassem o campo. Com o jogo suspenso, a Federação determinou nova partida, com 90 minutos, começando a partir da cobrança da penalidade. Carlos Calvete marcou o primeiro dos gols para o Guarany, que acabou vencendo por 4 a 1 e festejando o título, depois do penta jalde-negro.
Abandono de campo por árbitro
No clássico do dia 25 de novembro de 1951, o árbitro Heitor Calvete ofendeu-se com as provocações de um torcedor do Guarany e negou-se a apitar o segundo tempo, tendo de ser substituído por Agostinho Félix de Souza. O Guarany venceu a partida pelo placar de 2 a 1.
Ba-Gua dos 100 tiros
Em 1964, ocorreu um Ba-Gua no Estádio Antônio Magalhães Rossell, que era a primeira da partida da decisão do Citadino, terminando em 1 a 1. No final da partida, houve um grande distúrbio e a Brigada Militar efetuou vários disparos para o alto para tentar conter as torcidas. Por conta deste fato, o jornal porto-alegrense Folha da Tarde noticiou a partida com a manchete "Ba-Gua dos 100 tiros".
Primeiro Ba-Gua Noturno
Ocorreu em 16 de dezembro de 1955, no Estrela D'Alva. O placar foi 1 a 1, com gols de Luís Carlos Porquinho para o Guarany e Osvaldo Cross Protti para o Bagé.
Ba-Guas em Porto Alegre
Depois de muita polêmica entre os dirigentes da dupla Ba-Gua, a Federação Gaúcha de Futebol levou a decisão do título citadino de 1952 para Porto Alegre, mais precisamente ao Estádio da Timbaúva, do Força e Luz. O Guarany venceu no tempo normal por 2 a 0, gols de Nadir e Miguel. Mas, na prorrogação, o Bagé ganhou por 1 a 0, gol de Heitor Moura, e festejou o bicampeonato municipal. E o outro foi em 5 de março de 2006, pela primeira fase da Divisão de Acesso, com vitória do Guarany por 1 a 0 – gol de Eduardo Lence (Dudu).
{AD-READ-3}Ba-Guas em Pelotas
O Ba-Gua também já foi disputado em Pelotas duas vezes: empate em 1 a 1, em 1977, e vitória do Guarany por 1 a 0, em 1993.