Eleições 2020
Receitas de campanha aumentaram em Bagé
por Redação JM
As receitas de campanha dos sete candidatos ao Executivo bajeense totalizam, juntas, pouco mais de R$ 1,3 milhão. O maior valor foi declarado pelo candidato do PTB, Divaldo Lara: R$ 533.090,00. A quantia é parcial, mas já representa mais do que o montante de gastos declarados pelos cinco postulantes que disputaram o cargo de prefeito, em 2016, que totalizou aproximadamente R$ 508 mil.
A receita de Luiz Fernando Mainardi, do PT, em 2020, foi de R$ 484.860,00. Elenara Ianzer, do PDT, contou com receita de R$ 130 mil. Beto Alagia, do Podemos, declarou receita de R$ 99 mil, enquanto Manoel Machado, do PSL, apresentou receita de R$ 77.030,00.
Uilson Morais, do Solidariedade, declarou receita de R$ 27.684,50, e Fernando Vargas, do PSOL, contou com R$ 9.882,49 em recursos. Os valores podem aumentar, porque as declarações não são definitivas. Os candidatos podem prestar contas até dezembro.
Os postulantes ao Executivo bajeense podiam gastar até R$ 707.925,83, no pleito deste ano. O teto foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2016, o limite, definido com base nos maiores gastos declarados na circunscrição eleitoral anterior, foi fixado em R$ 621.427,07. Os postulantes ao Legislativo puderam gastar R$ 118.540,67, em 2020, cerca de R$ 14,5 mil a mais do que o limite estabelecido para 2016.
Mais de R$ 3 milhões em recursos
Em balanço parcial, atualizado no sábado, as receitas de campanha, considerando recursos destinados aos candidatos ao Executivo e ao Legislativo, totalizavam R$ 3.189.410,74. Alcançando R$ 2.113.079,73, os recursos públicos (do fundo de partidos ou fundo de campanha) representavam 66,25%.
O total de despesas pagas por candidatos, em Bagé, alcançava R$ 1.676.184,60. Os recursos públicos, que totalizavam R$ 1.102.959,00, representavam 65,80% do total. Os recursos privados alcançavam R$ 573.225,60 (34,20%).
Candidatos podem financiar campanhas com recursos próprios, com doações de correligionários ou de partidos políticos. A campanha também pode ser financiada pela venda de bens, pela realização de eventos ou ainda utilizando o Fundo Especial para Financiamento de Campanhas.
O financiamento de campanhas eleitorais por empresas foi declarado inconstitucional por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em ação ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), julgada em 2015.
Principais gastos
As doações financeiras a outros candidatos ou partidos representavam o maior volume de gastos na parcial da prestação de contas de campanha, alcançando R$ 504.289,50 (30,09% do total). A produção de programas de rádio e televisão aparecia em segundo lugar, representando R$ 442.609,55 (26,41%).
O gasto com publicidade por materiais impressos totalizava R$ 385.184,67 (22,98%), enquanto a publicidade por adesivos alcançava R$ 62.948,08 (3,76%). As despesas com pessoal eram de R$ 35.350,68 (2,11%) e a despesa com impulsionamento de conteúdos nas redes sociais somava R$ 31.927,50 (1,90%).