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Colunistas

Diones Franchi

  • Jornalista e Mestre em História

Dom Diogo de Souza

Em 15/10/2024 às 14:30h, por Diones Franchi

Diogo Martim Afonso de Souza Teles de Menezes, conhecido como Dom Diogo de Sousa, foi um militar e administrador colonial português. Nasceu em Lisboa, Portugal em 17 de maio de 1755, sendo o primeiro Conde do Rio Pardo.

Era filho de Dom João de Souza, Marechal de campo e de Dona Ana Joaquina Leite Cerqueira de Medeiros Pestana. Pertencia a uma família que precedia dos primeiros chefes guerreiros, que se estabeleceram em terras recém conquistadas aos Mouros, pela nobreza portuguesa. Era casado com Ana Cândida de Sá Brandão.

Dom Diogo era doutor em Matemática, pela Universidade de Coimbra, concluindo seus estudos em 1789. Era também general do exército português, onde serviu na arma de cavalaria, sendo nomeado capitão-geral de Moçambique, em 1793, ocupando o cargo até 1798, quando foi nomeado capitão-geral do Maranhão, em 1799.

Em 19 de setembro de 1807, foi nomeado primeiro Capitão-General da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Sua maior obra administrativa foi a implementação dos municípios de Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Rio Pardo, Rio Grande e Bagé.

Retornou a Portugal, voltando ao Brasil com D. João VI, em 1808. Foi primeiro capitão-general da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, recém criada por D. João VI, tomando posse em 9 de outubro de 1809. Chegou ao Rio Grande do Sul, onde, em Porto Alegre, fez algumas melhorias, ampliando o perímetro urbano, abrindo a estrada do Caminho Novo, hoje Voluntários da Pátria.

Na sua administração, ocorreram os movimentos revolucionários das colônias espanholas do Prata, os quais levaram o governo português a ordenar uma intervenção naqueles domínios. Coube a ele, organizar o “Exercito Pacificador da Banda Oriental, com a ordem de marchar sobre Montevidéu, com os generais Manuel Marques de Souza e Joaquim Xavier Curado, na primeira campanha cisplatina.

Sob comando de Dom Diogo de Sousa, a tropa atravessou o Rio Jaguarão, onde, em 17 de julho de 1811, partiu de um acampamento, localizado próximo dos Cerros de Bagé, fato que o faz o fundador do município. 

Marques de Sousa tomou Cerro Largo em 23 de julho, e, em 5 de setembro, ocupou o Forte de Santa Teresa, abandonado pelos espanhóis, invadindo à noite, o acampamento inimigo em Castilhos. Em 14 de outubro, Dom Diogo de Sousa chega a Maldonado, sem reação dos habitantes do que hoje é o Uruguai. Na época, o território era conhecido como Banda Oriental, integrando inicialmente as recém formadas Províncias Unidas do Rio da Prata, da qual uma parte é o território atual do Rio Grande do Sul.

Desta forma, o vice-rei do Prata Francisco Javier de Elío, sediado em Montevidéu e fiel à coroa espanhola, se encontrava pressionado, ao mesmo tempo, pelos britânicos, pelas tropas portuguesas, que invadiam o território da Banda Oriental, e pelos revolucionários artiguistas, que queriam que o território da Banda Oriental se unisse à Buenos Aires, na sua luta pela independência frente à Espanha, ajudados, pelas tropas de Buenos Aires.

O vice-rei, então, assina um armistício, em 20 de outubro, com as tropas rebeldes de José Artigas, que retornou a Salto e as de Rondeau, que voltou a Buenos Aires. Manuel dos Santos Pedroso, que perseguia Artigas, estacionou em Arapey. Dom Diogo de Sousa foi surpreendido pela notícia, enquanto estava já nas proximidades de Montevidéu.

Retornou a Porto Alegre, onde estudou a exploração de ouro na província; distribuiu sesmarias por todo território, ao qual deixou de ser explorado pelos espanhóis, que foram expulsos da região pelos movimentos de independência do Prata (Argentina). Consolidou o povoado de Bagé, que havia fundado em 1811, e colaborou novamente com a vila de Porto Alegre, através do desenvolvimento da Santa Casa de Misericórdia.

Por seus serviços prestados no Rio Grande do Sul, foi promovido a marechal, em 1811, e ao título de nobreza de Veador da Fazenda da Casa Real, em 1812. Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 17 de dezembro de 1812, e promovido a tenente-general graduado em 13 de maio de 1813. Em 13 de novembro de 1814, entregou o governo ao Marquês de Alegrete.

Deixando o governo do Rio Grande do Sul, recolheu-se na corte do Rio de Janeiro, onde assistiu as festas de elevação do Brasil a Reino, em 1815. Nessa ocasião, recebeu o título nobiliárquico de Conde de Rio Pardo, como recompensa de sua grande capacidade organizadora e disciplinar no Rio Grande do Sul. Foi nomeado vice-rei e capitão-geral da Índia, em 4 de janeiro de 1816, onde permaneceu até 2 de outubro de 1821. Regressou a Portugal, retornando ao lar. Porém, em 1824, foi nomeado conselheiro de guerra, tomando partido dos miguelistas na questão da sucessão de D. João VI.

Foi ministro da guerra do rei Miguel I de Portugal, de 3 de maio de 1828 a 20 de fevereiro de 1829. Sua última missão foi elaborar os planos para a Campanha dos Açores, ao qual não conseguiu realizar.

Faleceu aos 74 anos, na Calçada da Estrela, freguesia da Lapa, em Lisboa, em 12 de julho de 1829. Foi sepultado no Convento de São Pedro de Alcântara, localizado no Bairro Alto.

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Referências:

SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969.
TABORDA, Tarcísio. GARCIA, Élida Hernandes. Bagé de Ontem e de Hoje. Bagé. Ed: Ediurcamp, 2015.
Colaboração: Jaime Tadeu Barbosa Viviam Júnior – Presidente do NPHTT

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