MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Colunistas

Diones Franchi

  • Jornalista e Mestre em História

As adversidades na história de Bagé

Em 07/09/2024 às 15:50h, por Diones Franchi

Em algum momento do tempo, somos atingidos por algumas adversidades e turbulências em nossa caminhada. Bagé também vivenciou muito dessas mudanças, que refletiam diretamente na população, tanto material, economica e emocionalmente. E não foram poucas as vezes que nossa cidade teve dificuldades. As adversidades são marcas de um povo que, muitas vezes, parece cair, mas com o tempo ressurge muito mais forte.

Desde nossa fundação fomos forjados a ferro e fogo, quando nas primeiras batalhas essa terra foi disputada entre portugueses e espanhóis, sendo que nosso território ora pertencia a Portugal e também à Espanha. Com o surgimento de Bagé, a população presenciou momentos conturbados na história. Uma delas foi a invasão do exército das Províncias Unidas do Prata em 1827, onde Bagé fora saqueada, em uma época que o império vivia em conflito com os argentinos na chamada Guerra da Cisplatina.

Anos depois, em 1864, iniciava a Guerra do Paraguai e as incertezas pairavam sobre a Rainha da Fronteira, onde muitos soldados lutaram nesse grande conflito. A Revolução Farroupilha de 1835 a 1845 trouxe também diversas tensões para a população, numa guerra entre imperiais e farroupilhas que resultaram em acontecimentos importantes na região, entre elas a Proclamação da República Rio-grandense.

Na Revolução Federalista de 1893, Bagé fora sitiada e muitas casas arrasadas, em meio ao Cerco de Bagé, que serviu de resistência e resiliência para uma parte de soldados que se alojaram na Catedral da cidade. Em mais tempos sombrios, surgiria em 1914, a Primeira Guerra Mundial, apesar de estar distante da realidade de nossa cidade, atingiria o país através de medidas como retaliações a bancos e companhias de países envolvidos na guerra. Em 1918, a gripe espanhola assolava o mundo, trazendo mais vítimas fatais e assombrando milhares de pessoas.

Quando parecia que Bagé não seria mais atingido por nenhuma tragédia, surgiria a Revolução de 1923, onde foi travada uma guerra entre maragatos e chimangos, sendo nossa cidade importante também, para as tratativas de paz desse conflito. Na Segunda Guerra Mundial, foram enviados soldados de nosso município, para lutar em terras longínquas em defesa da pátria, trazendo a angústia para muitos familiares.

Além dos aspectos econômicos que uma guerra ocasiona, também existiram no tempo, os acontecimentos climáticos. Em 1941, o município apresentou grandes precipitações de chuva, devido as enchentes no estado do Rio Grande do Sul na época, sofrendo na agricultura e pecuária. Bagé sofreria maiores impactos, com a enchente de 1959, onde o Arroio Bagé transbordou, tendo consequências para vários moradores, resultando na destruição de estradas e pontes no município.

A partir da década de 1960, a cidade começou a sofrer com as estiagens - era a consequência da falta de políticas públicas que consolidassem a construção de um reservatório amplo, para abastecer a cidade. Com isso, surgiria em 1989, a grande seca da história de Bagé, fato que deixou os bajeenses sem água, castigando severamente a população que passou a depender de caminhão-pipa ou poços artesianos. O tempo passou e até hoje o fantasma da seca, é preocupante na vida da população.

Em 2020, o mundo foi acometido pela pandemia de Covid-19, que surgiria no ano anterior, onde milhares de pessoas ficaram doentes e muitas morreram, atingindo mais uma vez nossa cidade. Em 2023, a cidade fora atingida por uma severa chuva de granizo, impactando mais da metade da cidade, fazendo com que milhares de pessoas tivessem suas casas destruídas e seus telhados arrasados. Entre o final de abril e início de maio de 2024, o Rio Grande do Sul presenciou, sua maior catástrofe climática da história, que fez a maioria do estado ser atingida por uma grande enchente. Em Bagé, o meio rural foi prejudicado, onde na agricultura, grande parte das colheitas foram perdidas, impactando também a pecuária.

Muitos eventos climáticos ocorrem, devido ao ecossistema da região da Campanha, fazendo com que Bagé tenha, no verão, severo calor e no inverno um rigoroso frio. As diversas dores que todos esses acontecimentos causaram na população, fazem de aprendizado, para crescermos e cada vez mais buscarmos a união. As adversidades acontecem e devem ser superadas, por isso o momento é de reflexão, onde na história existe a dificuldade, sempre surge a solidariedade.

Leia Também...
O príncipe de Salina Há 7 horas por José Carlos Teixeira Giorgis
A chácara de Aparício Saravia Há 7 horas por José Carlos Teixeira Giorgis
Um patrimônio de raízes Há 7 horas por Diones Franchi
Bagé e o cinema gaúcho Há 7 horas por José Carlos Teixeira Giorgis
O baile dos cachorros Há 7 horas por Guilherme Collares
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br