A Praça do Portão
Muitos que passavam naquela praça,
Avistavam o portão,
Reluzente e robusto, acentuava o começo da cidade,
Que aos poucos crescia em uma época de magia.
Quem poderia imaginar que ali, seria o centro imponente que hoje se anuncia?
E o portão lá ficava, demostrando a entrada da Rainha da Fronteira.
Quantos por ali passaram, onde aos poucos tudo crescia.
Indo pro trabalho ou voltando, tudo progredia,
Mas o Portão ali permanecia.
Ninguém, por muito tempo, em seus primeiros momentos, não sujeitava a tocá-lo.
Mas veio o Mercado Público e tudo mudou,
Ali não seria mais o começo, mas sim o meio, de uma cidade que surgia.
E de repente, de um dia para o outro, o portão sumiu e dali foi retirado.
Mais um pedaço da história foi arrancado.
E assim a Praça do Portão, que um dia também chamaram de Largo do Conde, se tornou a Praça do Mercado.
Tudo era pujante, até chegar a Guerra do Paraguai, e ali se reuniam os batalhões que partiram para dura jornada, que fez muitos cidadãos tombarem.
Por isso, foi chamada de Praça Voluntários da Pátria.
Com o tempo, ela foi florida e cercada, tendo um imenso jardim, adornado de chafarizes, carinhosamente chamados de anjinhos da praça.
Nisso, construído um belo Chalé e depois um Coreto.
Em homenagem ao tribuno do Império, a praça que uma dia fora um Portão, seria denominada Silveira Martins.
A história ali respirava, com idas e vindas, no imaginário da população, o Portão permanecia.
Em um tempo que o pouco era alegria, uma nova praça surgia.
Referências:
E se Fez a Palavra – MEB – Movimento dos Escritores Bajeenses