O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda
A trajetória do Núcleo de Pesquisas Históricas “Tarcísio Taborda” começa bem antes da sua data de fundação. Um grupo de pessoas se reuniam nas dependências do Museu Dom Diogo de Souza, sempre com presença do professor Tarcísio Taborda, este grupo de trabalho nasceu da aspiração de pessoas que comungavam pelo mesmo apreço à história, à pesquisa e ao patrimônio cultural de Bagé. Formado por Tarcísio, o qual se encontravam mensalmente, o grupo era composto por professores, advogados, engenheiros, militares, médicos, jornalistas, no entanto, todos eram pesquisadores e obstinados por novos conhecimentos históricos.
Com a tragédia acontecida com Professor Tarcísio em meados de 1994, o luto diante do seu trabalho na pesquisa histórica de Bagé não se estenderia por muito tempo. Os mesmos integrantes que o acompanharam por muito tempo nessa labuta, na pesquisa em Bagé, se encarregariam de criar agora oficialmente uma instituição destinada a desenvolver, pesquisar, identificar, divulgar, defender, documentar, estudar e preservar o patrimônio histórico e cultural de Bagé.
Fundado em 4 de maio de 1995, o Núcleo de Pesquisas Históricas “Tarcísio Taborda” idealizada e organizada por um grupo de pessoas de vários seguimentos da sociedade bajeense, agora tomou forma e não poderia homenagear de melhor maneira o seu mentor, senão trazendo seu nome a identificar a instituição recém criada.
Logo nos primeiros anos de criação a comunidade bajeense por intermédio do poder legislativo, aprovou a Lei Municipal nº 3.387, de 22 de abril de 1997, a qual declara como de Utilidade Pública no Município de Bagé.
Durante todos esses anos, o Núcleo assim conhecido entre os pesquisadores locais, foi responsável por corroborar com diversos eventos culturais da cidade, fóruns, seminários, encontros, etc. Muitos foram os pesquisadores os quais contaram com a colaboração dos integrantes do Núcleo em suas publicações e lançamentos de livros.
De lá para cá vários foram os presidentes, alguns com mais de uma gestão, no entanto todos compartilhavam do mesmo ideal, ou seja, estarem empenhados e serem persistentes na árdua tarefa de fomentar e divulgar a história de Bagé.
Os dez presidentes escolhidos ao longo desse quarto de século que estiveram a frente do Núcleo, antes de mais nada tiveram sempre como estimulo, a satisfação de sustentar a responsabilidade do legado de Tarcísio Taborda, pois não há na cidade outra instituição com tal notoriedade e reconhecimento comunitário na região, assim tornando-se de modelo para criação de outros estabelecimentos de pesquisa em outras cidades.
O Núcleo tem marcado presença na comunidade de Bagé e contribuído na preservação e no estimulo aos assuntos de relevância histórica da cidade e região. Mensalmente, o núcleo promove simpósios, palestras, reuniões, eventos culturais, plataforma virtuais, sempre em cooperação com o Arquivo Público Municipal, ambos preservam a grandeza do patrimônio histórico, artístico e cultural de Bagé. Desde 2016 o Arquivo Público Municipal de Bagé abriga o “Núcleo” em suas grandiosas dependências, pode sanar uma carência que muito atingiu a entidade, um local apropriado para trabalhar nas pesquisas, salvaguardar seu acervo, tal como para suas reuniões e eventos mensais. Como prova dessa parceria o Núcleo Pesquisas Históricas e Arquivo Público Municipal estiveram desde então sempre amalgamados em todos eventos culturais que pela frente acontecem, fazendo jus a não coincidência de ambos terem o mesmo patrono, o Professor Tarcísio Antônio da Costa Taborda.
O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda, foi agraciado com o diploma de Colaborador Emérito do Exército, comenda de reconhecimento federal, esta em virtude dos relevantes serviços prestados aquela instituição.
O Patrono
Tarcísio Antônio Costa Taborda nasceu em Bagé no dia 13 de julho de 1928, foi Juiz de Direito, Professor, Teatrólogo, Historiador e Museólogo. Além de publicar dezenas de obras e artigos, convém lembrar que ele foi Diretor Estadual de Cultura e Municipal de Bagé; também Presidente do Conselho Regional de Museologia e membro titular de diversas academias e institutos ligados às letras e à história, como o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (RJ), Academia de Letras do Rio Grande do Sul, Academia Brasileira de História (SP), entre outras tantas agremiações do Brasil e exterior. Foi idealizador e fundador do Museu Dom Diogo de Souza. Faleceu em Bagé em 13 de março de 1994.
O Núcleo continua sendo até os dias de hoje, o principal divulgador da história de Bagé, buscando fomentar a cultura e o patrimônio de nossa cidade. Que o NPHTT continue sempre sua belíssima missão!
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Colaboração
Jaime Barbosa Viviam Júnior – Presidente do NPHTT