Edmundo Rodrigues
Edmundo Castilhos Rodrigues foi um artista plástico, escritor e poeta. Nasceu em Bagé no dia 28 de julho de 1936. Começou suas atividades nas artes plásticas, quando participou de um concurso de desenho e pintura promovido pela Prefeitura de Bagé, em 1947, recebendo uma menção honrosa por seu trabalho. Sua característica era a pintura na técnica aquarela e serigrafia, através da captação de luzes e sombras, se baseando em um sólido desenho, por muitas vezes com traços arquitetônicos. Era reconhecido principalmente por seu belo trabalho de desenhista com bons recursos e imaginação, retratando também os costumes gaúchos.
A primeira exposição do artista plástico foi em 1963, no Clube Comercial de Bagé, sendo que, logo após isso, viajou ao Rio de janeiro, onde fez cursos com alguns mestres de pintura. Em seguida foi para Europa, onde, na Suécia, permaneceu por três anos e teve seu nome reconhecido pela Academia de Pintura do país sueco.
Sua obra foi exposta em vários locais renomados, como o Salão da Bienal de São Paulo e no Salão do Museu da Arte Moderna no Rio de Janeiro, e também em vários países da Europa, Ásia e África. Embarcou em um navio brasileiro para o Oriente Médio (Egito) com o contingente Militar Gaúcho, que integrou as Forças da Paz das Nações Unidas, de 15 de abril de 1959 até 8 de agosto de 1960. Durante esse período pintou diversos painéis em cantinas e barraca de soldados. Mais tarde, em 1988, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, juntamente com todos os soldados que participaram das Forças de Paz no Egito da ONU.
Em 1999, lançou a exposição Edmundo: "Breve Arquitetura de Bagé" trabalho realizado em Aquarelas. Em 2006, lançou uma importante Exposição retratando sua obra, intitulada "50 anos de pintura e desenho de Edmundo Castilhos Rodrigues", durante a Semana de Bagé. Foram apresentados: O Galpão e Arredores, Dom Quixote de La Mancha e os Prédios Históricos de Bagé.
Como escritor lançou os livros Repartida Poesia em 1984, Clóvis Assumpção, Irmão Maior em 1988 e a Antologia do Cultura Sul – 1000 versos e Algumas Letras Perdidas, em 2008, onde também organizou o livro De Cidra e Mel, de Iolanda Abero Sá com suas ilustrações e capa de seu irmão, Glauco Rodrigues, um dos membros do conhecido Grupo de Bagé.
Ministrou aulas de pintura na Fundação Atilla Taborda, hoje Centro Universitário da Região da Campanha. Participou, durante sua vida, de diversas exposições coletivas em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Edmundo era irmão do renomado pintor, desenhista e gravador Glauco Rodrigues, onde em algumas oportunidades expuseram juntos.
Seu nome consta no Dicionário de Artes Plásticas no Brasil, organizado por Roberto Pontual. Edmundo Castilhos Rodrigues faleceu no dia 4 de maio de 2010, aos 73 anos, em Bagé, e em sua homenagem foi nomeada, em 15 de junho de 2018, a Galeria de Arte do Porão do Palacete Pedro Osório, oficialmente como Galeria de Arte Edmundo Rodrigues.
{AD-READ-3}Referências:
- Garcia, Élida Hernades. Escritores Bageenses, 2006
- Lopes, Mario. Personalidades de um Século de Bagé, 2012