MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Colunistas

Diones Franchi

  • Jornalista e Mestre em História

Mercado Público de Bagé

Em 12/11/2024 às 06:11h, por Diones Franchi

No dia 13 de outubro de 1862, iniciaram-se as obras do Mercado Público em Bagé, sendo contratado, pela Câmara Municipal, o engenheiro José Luiz da Costa Filho, para a construção da primeira face. As obras desta face foram concluídas em 1864. Em 1887, foi aprovada a construção da face Sul, pois no início não haviam torres, apenas o pavimento térreo.

O Mercado Público era a importante praça de comércio da cidade, funcionando diversos estabelecimentos, desde lojas de especiarias, agência lotérica, restaurante, quiosque, sapataria, armazém, açougue e funilaria.

Em 1913, com a morte de José Octavio Gonçalves, assumiu a intendência (prefeitura), José Manuel Rodrigues. Em 4 de janeiro de 1914, deu-se início a contratação dos construtores para continuação da execução da obra. Durante o pouco tempo que esteve no governo José Manuel Rodrigues, mandou construir os dois pavilhões do Mercado Público e suas torres, uma em cada esquina. Foi construída também uma cúpula para a colocação de um relógio de duas faces, originário da França, sendo o único bem que se mantém até os dias de hoje.

Na década de 1950, iniciou-se o movimento para a venda e destruição do mercado, durante a administração de Carlos Kluwe. Formaram-se duas correntes: uma defendia a necessidade da venda porque a cidade começava a crescer, e também porque a Prefeitura estava com o salário dos servidores públicos atrasado e está seria a única fonte de recursos. Outra corrente defendia, que sacrificar o patrimônio municipal seria irreversível.

Mas, em 1953, o Mercado Público de Bagé foi demolido, sob a alegação que era necessário o desenvolvimento da cidade, pois o prédio também não estaria bem conservado. Em 28 de junho de 1953, surgiu a organização Cine Hotel Consórcio Bagé Ltda, tendo como presidente José Carrion Moglia.

No contrato o Cine Hotel Consórcio, deveria ceder um andar do Edifício Ibagé para abrigar a Câmara de Vereadores, que funcionava no Salão Nobre da Prefeitura. Também havia uma cláusula que o relógio não entraria no negócio, sendo instalado mais tarde, em 1983, na Praça da Bandeira, no Calçadão.

O Mercado Público foi substituído por prédios com apartamentos, hotel, bancos e outros pontos comerciais, mas as futuras instalações do Cine Teatro nunca foram concluídas. Hoje, a destruição do prédio é vista como uma grande perda para o patrimônio do município, fazendo com que as lembranças do mercado público estejam com aqueles que conviveram essa época ou os que têm a oportunidade de vivenciar através das antigas fotografias.      

{AD-READ-3}

Referências:

Fagundes, Elisabeth Macedo de. Inventário Cultural de Bagé. Porto Alegre. Praça da Matriz, 2012
Salis, Eurico  – História de Bagé – Livraria Globo, 1956

Leia Também...
A Lenda da Lagoa da Música Há 1 semana por Diones Franchi
O Clube da Justiça Há 1 semana por José Carlos Teixeira Giorgis
A obra Há 1 semana por José Carlos Teixeira Giorgis
A aspirina Há 1 semana por Sapiran Brito
Uma iniciativa dos moços Há 1 semana por José Carlos Teixeira Giorgis
As vivandeiras Há 1 semana por José Carlos Teixeira Giorgis
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br