Drogas: conversando sobre uma das maiores mazelas da sociedade
Abordar um dos temas que mais devasta vidas e relações familiares é necessário e preciso. Tenho como experiência a condição de ex-dependente, que conseguiu ultrapassar e superar esta doença, amparado por tratamento adequado e apoio familiar, sem esquecer nunca da fé.
Sabemos que trabalhar para prevenir danos nos dá a melhor esperança, a longo prazo, de reduzir os problemas com álcool e drogas. Para conseguir isso, precisaremos trabalhar em conjunto com a comunidade, os governos, outros serviços de saúde e indivíduos.
A prevenção significa que não estamos cientes dos problemas que nos rodeiam ou que temos expectativas irrealistas. A maconha é a droga ilícita mais consumida no Brasil e no mundo. No Brasil, 7,7% das pessoas no Brasil já consumiram maconha pelo menos uma vez na vida. Seguida pela cocaína, com um índice de 3,1%, 1,4 milhão de pessoas já relataram fazer o uso do crack, que é correspondente a 0,9%.
Já no mundo, segundo o World Drug Report de 2020, a maconha possui 192 milhões de usuários. As drogas opióides 58 milhões, anfetaminas e estimulantes 27 milhões, ecstasy 21 milhões, cocaína 19 milhões, sendo essas as drogas mais consumidas no mundo.
Em Bagé, temos uma política pública com uma forte rede de assistência aos dependentes químicos de álcool e outras drogas, no qual nosso mandato está focado em auxiliar e promover a recuperação dos que precisam de ajuda especializada e “apadrinhamento”. Além do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas (CAPS-AD), ligado à Secretaria Municipal de Saúde.
Outras parcerias também são fundamentais para enfrentar esta luta, como grupos de apoios aos dependentes. E ampliando este trabalho, desde 2021, Bagé, através da construção do nosso mandato, possuí um convênio que disponibiliza internações junto a Casa do Amor Exigente (Caex), possibilitando tratamento e reabilitação para dependentes químicos do município, ofertados por uma centro especializado para esse tipo de finalidade, com 10 vagas mensais. Nosso projeto é ampliarmos a oferta deste serviço, o que conseguirá tratar mais doentes e auxiliar a retomada da família.
Seguiremos trazendo essa pauta tão importante e necessária, afim de esclarecer, orientar e contribuir com bem-estar de nossa comunidade. Por fim, agradeço ao Jornal Minuano, que disponibiliza esse espaço, que será um canal de informações orientações e de utilidade pública.