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Colunistas

Adalberto Schafer

  • Coordenador do curso de Engenharia Civil da Urcamp

Deslizamentos de terra

Em 04/05/2024 às 17:10h, por Adalberto Schafer

O tema “desastres naturais” vêm se tornando cada vez mais comum em nosso cotidiano. No caso do Sul e Sudeste brasileiros, todos os anos as regiões têm sido cenário de desastres que envolvem eventos de precipitação, causando, principalmente, deslizamentos de terra que atingem populações e suas atividades econômicas. Dentro desta temática, podem-se ressaltar três aspectos diferentes que estão intimamente interligados para a compreensão destes desastres: o clima, como agente deflagrador dos processos que causam os desastres (chuvas); a topografia e geologia, que são as características do relevo e solo; e as características sociais, que determinam o como a população irá receber os impactos causados por tais fenômenos.

O litoral das regiões Sul e Sudeste do Brasil, com exceção do litoral gaúcho, se caracteriza por encostas muito íngremes cobertas por mata atlântica bastante degradada. Essas áreas têm alto valor imobiliário e se desenvolveram muito nos últimos anos. Esse crescimento, muitas vezes, ocorre de maneira desordenada e sem planejamento. Essa ocupação se caracteriza por supressão vegetal e construções em áreas irregulares e muitas vezes de risco. Registros de 2020 apontavam mais 650 residências em situação de risco na região de São Sebastião, São Paulo, onde ocorreram os deslizamentos do último final de semana.

As ações antrópicas somadas à intensificação de eventos climáticos extremos vêm aumentando a ocorrência de situações trágicas como ocorridos no último final de semana na região Norte do litoral paulista. São Sebastião registrou índices pluviométricos de mais de 600 milímetros em 24 horas, mais do que o dobro da média mensal da região. Os volumes de chuva registrados na região são os maiores da série histórica do Inmet (instituto nacional de meteorologia), o qual possui registros centenários.

Esse grande volume de chuva é absorvido pelo solo diminuindo a coesão entre as partículas do solo, que nessa região é formada predominantemente por solos areno argilosos e argilo arenoso. O excesso de água gera o efeito de liquefação onde a coesão entre as partículas é praticamente nula, e o solo escorrega pelas encostas como se fosse água, gerando assim a ocorrência dos deslizamentos de terras.

O evento ocorrido deixou centenas de pessoas desalojadas, dezenas de mortes, casa destruída e estradas interditadas. Nas áreas afetadas por deslizamentos, normalmente, as edificações têm suas fundações apoiadas sobre esses solos, os quais na condição de saturação têm resistência praticamente nula, como tratam-se de áreas muito íngremes, residências escorregam inteiras pelas encostas.

O aquecimento das águas dos oceanos está se intensificando devido à emissão de gases do efeito estufa, como consequência desse fenômeno estão aumentando a frequência dos ciclones, tufões e tempestades. Com isso, é preciso investir na prevenção e minimização dos impactos sociais de tais eventos com a instalação de sistemas de alerta por sirene para evacuação das áreas de risco, planejamento territorial e relocação de habitações em áreas de risco e recomposição vegetal das encostas para reduzir a ocorrência de tais deslizamentos.

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