Região
Eleições definem entidades que comporão Comitê da Bacia do Rio Camaquã
Grupo inclui representantes de usuários da água, populações locais, associações comunitárias, instituições de ensino e outras organizações, reforçando o papel estratégico na gestão dos recursos hídricos da região
por Melissa Louçan
As entidades que farão parte do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Camaquã para o biênio 2025/2026 foram definidas em eleição realizada na terça-feira, 17. A composição inclui representantes de usuários da água, populações locais, associações comunitárias, instituições de ensino e outras organizações, reforçando o papel estratégico do comitê na gestão dos recursos hídricos da região.
A Urcamp foi eleita como titular em uma das vagas destinadas às instituições de ensino superior. Outras entidades da região também conquistaram espaço no comitê, como a Associação para Grandeza e União de Palmas (AGrUPa), que obteve titularidade em duas categorias, e a Associação Comunitária do Areal, de Pinheiro Machado, eleita como titular. Ambas integram a Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Alto Camaquã (ADAC).
Segundo Márcia Collares, representante da Cooperativa do Alto Camaquã (CooperAlto Camaquã), “o Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Camaquã é um órgão de Estado, muito importante para a gestão das águas do Rio Camaquã e seus afluentes, pois na sua plenária são decididas várias questões relativas ao uso da água do rio”. Ela ressaltou que o Rio Camaquã é um dos poucos rios do Estado cujas águas não são contaminadas, percorrendo 28 municípios da Metade Sul e desaguando na Lagoa dos Patos.
A relevância do Rio Camaquã para a região de Bagé e municípios vizinhos, que compreendem sua parte alta, é indiscutível, especialmente durante os períodos de estiagem. Márcia destacou: “Nessas épocas em que falta água para os animais e para as pessoas, os moradores costeiros socorrem-se das águas do rio, inclusive para consumo doméstico. Daí a importância do rio para as comunidades costeiras, pois água significa vida e vida é um direito indisponível”.
Além de sua função em decisões sobre o uso da água, o Comitê da Bacia também promove o equilíbrio entre as demandas de diferentes setores, como abastecimento público, produção rural, lazer e turismo, entre outros. A nova gestão, que iniciará suas atividades em 2025, contará com um total de 46 representantes titulares, além de suplentes, divididos entre os grupos de usuários e população.