Fogo Cruzado
“Bagé precisa ser passada a limpo”, reafirma Mainardi
por Redação JM
O prefeito eleito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, do PT, manifestou em suas redes sociais que as medidas de contenção de despesas adotadas pelo atual prefeito, Mário Mena Kalil, são adequadas, mas expressou preocupação com o cenário financeiro do município. Ele afirmou que, ao assumir o cargo em janeiro, poderá enfrentar uma situação financeira ainda mais grave do que a apontada por Kalil.
“Em janeiro estaremos entrando na prefeitura e poderemos encontrar uma situação de caos ainda maior do que anunciado pelo prefeito Mário Mena. Ele herdou uma situação de terra arrasada. Não tem mais dinheiro para pagar salário. Certamente vamos herdar muitas dívidas e sem nenhum recurso em caixa”, declarou Mainardi, evidenciando o que considera um quadro desolador para a administração municipal.
O prefeito eleito também fez uma comparação com a sua primeira gestão, há 24 anos, quando enfrentou problemas semelhantes, incluindo salários atrasados para os servidores estatutários. Ele destacou que o "medo volta a assombrar os servidores", referindo-se à atual situação. "Divaldo limpou os cofres e deixou para seu vice o ônus de mau pagador. Ele acha que a população de Bagé não vai responsabilizá-lo sobre isso? Meu compromisso é de total transparência. A partir de janeiro vamos passar isso a limpo", afirmou Mainardi.
Divaldo Lara, por meio de nota divulgada na quarta-feira, 13, afirma que, antes de deixar o cargo por questões de saúde, assinou e encaminhou 43 obras em andamento, com recursos alocados para sua continuidade. "Todas as obras estão em andamento e com recursos em caixa para a continuidade de execução, tanto nestes 50 dias finais de governo quanto no próximo mandato", pontuou.
A manifestou de Divaldo ocorreu um dia após o anúncio de medidas de contenção de despesas feito por Mário Mena Kalil. O prefeito declarou que o município tem um saldo de R$ 6 a R$ 7 milhões, mas a folha de pagamento mensal é de R$ 17 milhões. Para equilibrar as contas, suspendeu nomeações de cargos comissionados, horas extras (exceto para serviços essenciais) e diárias de viagem não prioritárias. Também anunciou a exoneração de 300 comissionados, mantendo apenas 50 para garantir os serviços essenciais. As rescisões dos servidores demitidos, ainda segundo o prefeito, serão pagas após a quitação dos salários dos servidores estatutários.