Segurança
Sindicato da Polícia Civil protesta nesta terça-feira em frente ao Palácio Piratini
por Rochele Barbosa
A partir das 14h desta terça-feira, dia 30, a Ugeirm/Sindicato pretende mobilizar policiais civis para uma manifestação em frente ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz de Porto Alegre, para pressionar uma votação de um reajuste salarial digno para a categoria.
A Ugeirm participou, na semana passada, na quarta-feira (24), de uma reunião com representantes do Governo para tratar sobre o projeto de reajuste salarial da Segurança Pública. Na reunião, além da discussão sobre o reajuste salarial, foram tratados alguns temas de interesse da categoria.
Os principais foram o reajuste salarial, que, segundo o sindicato, o governo insiste em não reconhecer o trabalho dos servidores da Segurança Pública. Na reunião, os representantes do Governo negaram a possibilidade de qualquer alteração no índice apresentado de 12% em três parcelas. Quanto à antecipação do pagamento da primeira parcela para esse ano, o governo alegou que existe uma restrição contida no Decreto de Calamidade junto ao Governo Federal, que proíbe reajustes em 2024. O representante do governo disse que já foi encaminhado um Ofício, solicitando a abertura de uma exceção para o reajuste da Segurança Pública.
O que não ficou claro, é porque essa questão só foi levantada agora, depois do envio do projeto à Assembleia Legislativa. Esse lapso, demonstra que o Governo nunca teve a disposição de conceder reajuste em 2024, somente fazendo esse movimento após a reação negativa entre os Policiais Civis. Porém, mesmo que o pagamento da primeira parcela ocorra ainda esse ano, a proposta continua sendo pífia e insuficiente, repondo apenas uma ínfima parte das perdas dos Policiais Civis durante o Governo Eduardo Leite.
Os representantes do Governo se comprometeram a retomar as discussões após a votação do pacote na Assembleia Legislativa. Já existem estudos de impacto financeiro, mas as negociações continuam paralisadas. Um dos argumentos apresentados pelo Governo é que essa proposta tem causado resistência em outras categorias.