Cidade
Mais de 2,3 mil doses de antitetânica foram aplicadas este ano em Bagé
por Jaqueline Muza
A Secretaria Estadual de Saúde reforçou, recentemente, a importância da vacinação antitetânica, especialmente para idosos que são mais vulneráveis à doença. Em Bagé, foram aplicadas 2.378 doses do imunizante de janeiro até agora, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência.
O Rio Grande do Sul registrou um aumento de casos de tétano acidental devido ao acúmulo de lixo que se formou após as enxurradas que assolaram o Estado. No primeiro semestre de 2024, o RS já registrou o mesmo número de casos de tétano que ao longo de todo o ano de 2023. Até o final de junho deste ano, foram confirmados 14 casos de tétano acidental, resultando em três mortes. Em 2023, foram 14 casos no total, com cinco óbitos.
O reforço deve ser feito a cada dez anos. Se a pessoa tem mais de 60 anos, não deve esquecer de manter as doses em dia. O tétano é uma doença grave e pode matar. O tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani, encontrada em fezes, pele, terra, galhos, arbustos, água suja e poeira. A infecção ocorre através da contaminação de ferimentos por esporos da bactéria, não havendo transmissão direta de pessoa para pessoa. A principal medida de prevenção é a vacinação, disponível em todas as unidades básicas de saúde.
O risco de morte por tétano é maior entre os idosos. A faixa etária acima de 50 anos apresenta maior número de casos e óbitos, com letalidade de 61,1% entre pessoas com mais de 80 anos. Esses dados reforçam a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nesse grupo populacional.
Quem deve se vacinar
{AD-READ-3}O calendário vacinal do Ministério da Saúde inclui a aplicação de três doses da vacina pentavalente em crianças aos dois, quatro e seis meses de idade. Reforços devem ser aplicados aos 15 meses e aos quatro anos, com um reforço adicional a cada dez anos.
Gestantes também devem se vacinar em todas as gestações, garantindo imunidade passiva aos filhos até os dois meses de vida. Em casos de ferimentos com risco de tétano, podem ser prescritos soro antitetânico e imunoglobulina humana antitetânica, com imunidade temporária de duas a três semanas.