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Bagé celebra o centenário da escritora Edy Lima com missa e exposições

Em 20/07/2024 às 08:30h
Melissa Louçan

por Melissa Louçan

Bagé celebra o centenário da escritora Edy Lima com missa e exposições | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Grupo Editorial Global/Reprodução JM

Neste domingo, 21, Bagé se reúne para comemorar o centenário de nascimento da escritora Edy Lima. A celebração, promovida pela Secretaria de Cultura de Bagé em parceria com a Associação Pró Santa Thereza, inclui uma missa especial às 16h, na Capela de Santa Thereza. A escritora foi a grande homenageada na Semana de Bagé em 2020, e seu centenário é comemorado no mês do aniversário da cidade, reforçando ainda mais os laços afetivos entre ela e sua terra natal.

Nascida em Bagé em 1924, Edy Lima passou sua infância e adolescência na cidade antes de se tornar uma das mais influentes escritoras brasileiras. Autora do clássico infantil "A Vaca Voadora", que deu início a uma série de sete livros, Edy publicou cerca de cinquenta obras, muitas delas inspiradas no rico folclore brasileiro. Sua produção literária se destacou pelo foco na situação da mulher na sociedade, utilizando símbolos como a vaca, o ovo, a onça e a casa para explorar e criticar as representações femininas.

Ao entrar no mercado do jornalismo em 1945, um campo predominantemente masculino na época, Edy Lima demonstrou uma coragem exemplar. Sua obra é marcada pela crítica aos meios de comunicação de massa, que, segundo ela, oferecem uma visão distorcida da realidade. Edy fazia parte de um grupo de autores que vislumbravam um mundo mais justo, onde os papéis sociais fossem equilibrados.

Edy faleceu em São Paulo, em 1º de maio de 2021. Em homenagem ao seu legado, o Museu Dom Diogo de Souza está expondo uma série de livros que compõem a biblioteca dos autores bajeenses e deverá receber mais acervos quando da visita de familiares da escritora. Isto porque, além das celebrações de julho, uma cerimônia especial está prevista para outubro, quando as cinzas de Edy serão espalhadas em Santa Thereza, conforme seu desejo.

O neto de Edy, o cineasta Francisco Guarnieri, conta que a cerimônia para espalhar as cinzas de Edy seria realizada neste mês, mas por questões logísticas acabou não sendo realizada. Contudo, uma nova data está prevista para outubro. “Ela pediu para levar as cinzas, ela sempre falou que gostaria de ser cremada e que levássemos as cinzas para Bagé e sempre gostou muito da ideia de ser na Associação Santa Thereza. Ela falava em um lugar onde seja possível ver o horizonte de Bagé, aquele horizonte que vai longe, super bonito, ela tinha muito isso. Então a gente sempre teve a intenção de cumprir isso, que ela sempre pediu”, diz Francisco.

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A relação de Edy com Bagé sempre foi muito forte, apesar de ela ter saído da cidade ainda jovem, por volta dos 20 anos. Francisco ressalta: "A criação foi muito marcante para ela e sempre muito presente, de alguma forma, na literatura, mas indiretamente, mesmo, no dia-a-dia, nas histórias que contava, nos jeitos, em algumas manias, em alguns hábitos. Então ter essa homenagens é como se fosse uma forma de reencontro dela com essa memória, com essa vida, essa base fundamental da vida dela que é tão importante”.

Sobre novas publicações, infelizmente não há nada específico para o centenário, segundo o neto. Após a morte de Edy, foram publicados alguns textos inéditos: "Jegue não é burro", "O cachorro que sabia falar" e "Maria vai e volta". O primeiro foi escrito em parceria com Marta Lagarta e foi o último livro escrito por Edy, já no fim da vida. Os outros dois eram textos mais antigos que não haviam sido publicados. Houve também a republicação de "Ao Sol do Novo Mundo" e "O Outro Lado da Galáxia".

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